A manutenção das atividades da Gomes da Costa em Itajaí foi o principal assunto da primeira agenda oficial do prefeito Volnei Morastoni (MDB) com o governador Carlos Moisés (PSL). Acompanhado do CEO da GDC no Brasil, Enrique Orge, e de Manuel Calvo, presidente do grupo espanhol Calvo, dono da marca, Morastoni apresentou ao governador e ao secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Lucas Esmeraldino, a importância da empresa para cidade_ é a maior empregadora privada de Itajaí _ e o projeto de unificação do parque fabril, que prevê investimentos de R$ 300 milhões.
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Há um papel importante do Estado na garantia desse investimento. O ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) assinou um protocolo de intenções, em maio do ano passado, em que o Estado se comprometeu com a pavimentação da estrada que leva até o terreno comprado pela Gomes da Costa na Paciência, zona rural de Itajaí. Também ofereceu à empresa a inclusão no Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec), que posterga o pagamento de ICMS. No caso da indústria alimentícia, o prazo pode chegar a 300 meses.
A expectativa, na época, era que a obra estivesse licenciada e pudesse iniciar em seis meses. O prazo terminou em novembro, sem avanços. Nesse meio-tempo surgiu outro empecilho: o embargo judicial das atividades da BFP, indústria ligada à Gomes da Costa que faz o processamento das sobras de pescado e as transforma em bioproteína. A causa foi o mau cheiro que sai da fábrica e incomoda a vizinhança.
Em dezembro o CEO da Gomes da Costa, Enrique Orge, afirmou em entrevista exclusiva à coluna que diante do impasse com a BFP a empresa repensaria os demais investimentos na cidade. Disse que a empresa não era fiscalizada há pelos menos dois meses, e que as melhorias feitas pela indústria não foram aferidas. Na conversa com o governador, o prefeito pediu celeridade na emissão de novos pareceres técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA), para avaliar a reabertura da fábrica.
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