A obra de arte que homenageava o deputado catarinense Paulo Stuart Wright, morto pela ditadura militar, desapareceu da Praça Tancredo Neves – a Praça dos Três Poderes de Santa Catarina. Depredada, a escultura inaugurada em 2004 não constava sequer no projeto de recuperação da praça – uma obra de R$ 45 milhões que será custeada pela Alesc, Tribunal de Justiça e pelo Tribunal de Contas do Estado. Agora, o impasse está próximo de ser resolvido.

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A história sobre o sumiço do monumento foi assunto durante o jantar oferecido pela NSC aos poderes na semana passada. A informação sobre o desaparecimento chegou à deputada Luciane Carminatti (PT), que levou o caso ao presidente do TJSC, desembargador João Henrique Blasi, que por sua vez encaminhou naquela noite o caso ao prefeito da Capital, Topázio Neto (PSD).

A obra de arte, chamada Memorial Pessoas Imprescindíveis, era uma estrutura metálica e uma placa de vidro, com informações sobre a vida do deputado catarinense. A inauguração integrou a memória dos 30 anos da Lei de Anistia, que permitiu a volta dos exilados políticos ao país e a libertação dos presos políticos em 1979. Nascido em Joaçaba, Stuart Wright teve o mandato cassado pelo AI-5 e foi assassinado pelos militares em 1973, aos 40 anos.

Participaram da solenidade de inauguração, 19 anos atrás, o presidente da Comissão de Anistia, o ministro dos Direitos Humanos na época, Paulo Vanucchi, e o então governador de São Paulo, José Serra.

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O apagamento – e o desaparecimento – do monumento surpreenderam a deputada, o presidente do Tribunal e o prefeito.

A conversa foi levada adiante e, nesta semana, ficou ajustado que a obra será incluída na reforma da Praça dos Três Poderes. A prefeitura da Capital informou que entrará em contato com o artista plástico gaúcho que produziu a escultura original, em Porto Alegre, para repor a homenagem a Paulo Stuart Wright ao seu devido lugar.

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