O governador Carlos Moises (Republicanos) gravou um vídeo, nesta sexta-feira (18), em que fala sobre o uso do avião Arcanjo-06, do Corpo de Bombeiros, para atividades políticas e privadas. Conforme publicado pela coluna, o governo requisitou 28 vezes a aeronave nos últimos oito meses – incluindo dois voos a Bonito, destino turístico em Mato Grosso do Sul, nos dias 20 e 25 de janeiro.
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Sem citar especificamente o caso, Moisés justificou-se dizendo que a vida particular e a função de governador se confundem, e que a utilização da aeronave é uma questão de segurança.
“Não há como dissociar a vida privada do governador com a vida oficial, ou seja, de governo. Você não desliga uma chave e deixa de ser governador da noite para o dia. Assim como acontece com o presidente da República, com os outros governadores das outras 26 unidades da federação. Todos nós temos uma vida, que acaba se misturando a vida privada com a vida pública. Então, por questão de segurança, por questão de logística, aonde quer que o governador vá, a qualquer tipo de compromisso, a estrutura do Estado lhe acompanha”.
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Moisés também afirmou que, com a venda do jato Cessna, em 2019, o Governo do Estado deixou de ter aeronave de uso exclusivo do governador e passou a usar os aviões de forma compartilhada com o Corpo de Bombeiros.
“O que era exclusivo do governador (agora) é compartilhado com a sociedade”, disse.
O caso repercutiu na Assembleia Legislativa desde que o deputado Bruno Souza (Novo) passou a denunciar o governo por desvio de função na utilização do Arcanjo-06. Ele afirma que transportes de pacientes deixaram de ser executados enquanto a aeronave estava a serviço de Moisés – o que o governo nega.
Na quinta-feira (17), o parlamentar compartilhou imagens que haviam sido publicadas nas redes sociais do governador que mostram Moisés com a família em Bonito – o que, para o deputado, explicaria os dois voos ao Mato Grosso do Sul em janeiro. A publicação foi feita no dia 17 de fevereiro em homenagem ao aniversário de uma das filhas do governador, e foi apagada das redes sociais.
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O contrato de aluguel do Arcanjo-06 informa que a aeronave é dedicada a “serviços de busca, resgate, salvamento, transporte de órgãos vitais, ações de Defesa Civil e apoio a órgãos públicos e transporte de dignitários – o que inclui o governador. No entanto, a justificativa do Termo de Referência que embasou a contratação fala no transporte de autoridades especificamente para ações de Defesa Civil. “Transporte de dignitários e de transporte de tropas especializadas são necessárias em situações de catástrofe e calamidades que envolvem o Estado de Santa Catarina, periodicamente”, informa o documento.
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Quando vendeu o jato Cessna, em 2019, o governo do Estado informou que, por economia, o governador passaria a viajar somente em aviões de carreira.
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