O governador Carlos Moisés se despede do governo neste sábado (31) – mas não da vida pública. Sem sucesso nas urnas neste ano, Moisés assume a presidência estadual do Republicanos dando sinais de que deseja continuar na política, mas tem avisado que não sente vontade de retornar ao Executivo porque acredita que poderia sofrer retaliações.
Continua depois da publicidade
Saiba como receber notícias de Florianópolis no WhatsApp
Quando questionado sobre a possibilidade de disputar uma das duas vagas ao Senado em 2026, ele salienta que, se a polarização que impediu o debate de ideias em 2022 se repetir até lá, prefere evitar o embate ideológico. No fundo, Moisés prefere esperar os reflexos do cenário nacional e os resultados do governo Jorginho Mello (PL), que inicia neste domingo (1º).
Na Secretaria da Fazenda – chefiada por Paulo Eli, herança do governo Eduardo Pinho Moreira e do MDB –, Moisés encontrou um dos pilares do governo. Rigoroso com as contas públicas, Eli conseguiu dar continuidade ao modelo de gestão, enquanto Moisés abraçou o enxugamento da máquina e a revisão de contratos para frear o crescimento das contas. Com uma lista de projetos encaminhados e as contas em dia, o futuro ex-governador acredita que Jorginho possa manter o Estado com os números positivos.
Moisés se despede com exonerações e sanção do orçamento de 2023 com vetos
Com dinheiro em caixa, Moisés adotou o municipalismo como fórmula política. Além das obras estaduais e do recurso injetado nas rodovias federais, consolidou na parceria com os prefeitos o seu jeito de governar. Sem traquejo no início do mandato, pegou gosto – e, depois da chegada de Eron Giordani à Casa Civil, revigorou-se para concorrer à reeleição.
Sem contar que a mesma onda que o trouxe retornaria para derrotá-lo, Moisés sai do governo com números positivos e uma gestão bem avaliada, mas não aprovada pelas urnas. Nas últimas semanas de governo, divulgou nas redes sociais investimentos do governo em educação e em habitação e o pagamento final do empréstimo com o Bank of America, que custava R$ 630 milhões ao ano – adiantando que pautas estarão na mira em seu retorno à política.
Continua depois da publicidade