O governador Carlos Moisés fará nesta terça-feira (9) em Glasgow, na Escócia, uma declaração de adesão de Santa Catarina à Aliança pela Ação Climática (ACA Brasil). Trata-se de uma iniciativa global para redução das emissões de gás carbônico e para acelerar a transição “net zero” – ponto que alia políticas de redução às de neutralização.
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Atualização: Inicialmente, a coluna publicou que a declaração ocorreria nesta segunda-feira (8). No entanto, ela será feita durante a conferência Governadores pelo Clima, que ocorre nesta terça em Glasgow.
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Na prática, o conceito de net zero estabelece que todas as emissões humanas terão que ter a mesma quantidade de remoção de gás carbônico da atmosfera. Entre os compromissos firmados está a meta de reduzir pela metade as emissões até 2030, e atingir a neutralidade de carbono até 2050. No Brasil, a Aliança pela Ação Climática é coordenada pela WWF, ICLEI América do Sul, Instituto Clima e Sociedade, CDP Latin America e Centro Brasil no Clima. Em todo o mundo, o grupo reúne mais de 6 mil governos federais e locais, empresas e instituições da sociedade civil.
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A adesão, que não havia sido anunciada previamente pelo governo, significa um avanço importante para Santa Catarina na agenda climática. A Conferência do Clima tem sido palco para o anúncio de metas locais para a redução das emissões de carbono pelos governos estaduais brasileiros. São Paulo e Rio Grande do Sul estão entre os estados que fizeram adesão a compromissos globais.
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Veja a carta de adesão:
“Ao Conselho Diretor da Aliança pela Ação Climática (ACA Brasil),
Eu, Carlos Moisés da Silva, Governador do Estado de Santa Catarina, aqui declaro o compromisso deste Estado com a Aliança pela Ação Climática (ACA Brasil).
As Alianças para Ação Climática são coalizões nacionais dedicadas a empreender medidas sistematizadas e aumentar o apoio público no enfrentamento à crise climática mundial, de modo a contribuir para que os países cumpram com os compromissos pactuados no Acordo de Paris.
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No Brasil, a missão da aliança é mobilizar lideranças empresariais, investidores, autoridades locais e estaduais, acadêmicos, a imprensa, entidades religiosas, organizações da sociedade civil e a juventude sob a bandeira da Aliança pela Ação Climática, para aumentar o tamanho do movimento subnacional e também de organizações não governamentais no Brasil; melhorar a clareza e consistência de suas mensagens coletivas; e melhorar as sinergias entre as iniciativas em curso em apoio às ações climáticas locais, contribuindo para redução concreta de emissões e para um aumento da resiliência dos territórios, tanto individual como colaborativamente.
Reconheço que um compromisso com a ACA Brasil implica o compartilhamento da visão comum de alcançar os compromissos pactuados pelo Brasil no Acordo de Paris, buscando limitar o aumento da temperatura da Terra a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, o que significa mobilizar esforços para reduzir pela metade nossas emissões até 2030 e atingir a neutralidade em carbono até 2050.
Nesse sentido, declaro nossa ciência e compromisso com os critérios apresentados no Anexo II – Critérios de Entrada e Progressão, que expressam os compromissos dos signatários da Aliança pela Ação Climática (ACA Brasil), de acordo com a categoria na qual a instituição aqui representada se enquadra.
Reconheço que a participação na Aliança pela Ação Climática (ACA Brasil) depende do alinhamento de visão com a Declaração Fundadora (Anexo I) e do cumprimento dos compromissos listados no Anexo II”.
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Agenda em Glasgow
O governador participa nesta segunda-feira de dois eventos na Conferência do Clima. Pela manhã, no pavilhão principal da COP-26, Moisés esteve no encontro “Ministérios nas ações de adaptação”, com participação de ministros de Estado e líderes de governo.
À tarde, participa de workshop sobre “A importância da transparência para a produção agrícola livre de desmatamento, investimentos e comércio no Brasil”, na University of Strathclyde.
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