Enquanto o mundo discute a transição energética para matrizes limpas e renováveis – um dos principais assuntos da COP 27 – Santa Catarina apresentou, durante a Conferência, o modelo catarinense que foi encaminhado ao Legislativo pelo governador Carlos Moisés (Republicanos), aprovado e já em vigor.
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A comitiva que representa o Estado na Conferência tem explicado a interessados de outros estados e de outros países como funciona o modelo de governança para “Transição Energética Justa”, conceito que leva em conta a substituição das termoelétricas movidas a carvão por geração de energia menos poluente, agregada à busca por novas matrizes econômicas para as regiões que dependem dessa indústria para a geração de emprego e renda.
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– O termo vem considerar a transição de um modelo de energia baseado em combustíveis fósseis, num ponto A, para um ponto de energia renovável e limpa, o ponto B. Santa Catarina tem o maior parque a base de carvão da América Latina e precisa trabalhar a transição para um novo modelo de energia – diz o secretário executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira.
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O maior desafio, segundo ele, é evitar que haja prejuízos econômicos para a população cujos empregos dependem do modelo atual.
– A previsão é que as termelétricas a carvão encerrem totalmente suas atividades até 2040. A política estadual de transição energética justa traz, ao longo desse período, uma série de investimentos e ações para que não haja perda de empregos e que a cadeia produtiva se sustente mesmo sem a geração baseada em carvão – detalha o secretário.
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O principal diferencial do modelo catarinense, na avaliação dele, é a integração de diferentes áreas de políticas do Estado. Além dos órgãos ambientais, há participação de setores ligados à gestão dos recursos hídricos, agricultura e indústria.
– Isso permite que tenhamos várias fontes de recursos e integração entre as políticas já existentes para que essa transição aconteça.
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Ferreira lembra que Santa Catarina compõe o Conselho do Programa de Transição Energética Justa do Governo Federal e vem desenvolvendo junto o plano de transição energética do Brasil, que tem como prioridade a Região Carbonífera.