A Comissão de Seguridade da Câmara dos Deputados ouvirá esta tarde o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, sobre a falta de recursos para a produção de radiofármacos, medicamentos usados em exames e tratamento de câncer – impasse que Raphael Faraco adiantou em sua coluna. O requerimento foi da deputada catarinense Carmen Zanotto (Cidadania), e a expectativa é que esclareça dois pontos fundamentais nessa crise: o Ministério não previu recursos para os tratamentos até o fim do ano, ou pediu à equipe econômica do governo e não foi atendido?

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Outra questão a ser respondida é quanto, exatamente, será necessário para suprir exames e tratamentos até dezembro. Falam-se em valores que vão de R$ 70 milhões a R$ 90 milhões. Por enquanto, o governo conseguiu suprir uma parte desse valor com a liberação de R$ 19 milhões, que serão suficientes para os tratamentos nas primeiras semanas do mês de outubro. A dúvida, no entanto, ainda paira sobre novembro e dezembro.

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Para quem tem um familiar em tratamento de câncer, essa incerteza é desesperadora. O câncer de tireoide, um dos principais afetados pela falta de radiofármacos, está entre os mais prevalentes no Brasil e entre os tipos de câncer mais comuns entre os jovens. Seja por desorganização ou inversão de prioridades, a suspensão de tratamentos e de exames que envolvem essas substâncias é um escândalo.

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