O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que não teme desgaste para o governo Lula com a possível federalização do Porto de Itajaí. Ele falou com exclusividade à coluna durante evento no Aeroporto de Joinville, nesta quinta-feira (12).
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Questionado sobre as manifestações políticas e empresariais que pedem a manutenção da Autoridade Portuária municipalizada, ele afirmou que não viu o mesmo movimento quando o Porto paralisou a movimentação de contêineres por atraso no leilão de concessão, que deveria ter ocorrido em 2022.
— Eu não vi manifestações como essa quando o Porto estava fechado. A gente não percebeu por parte de muitas autoridades políticas um movimento nessa direção. Naquele momento, com o porto fechado, poucas pessoas foram lá defender a abertura do Porto.
Silvio Costa Filho disse, no entanto, que a questão não está fechada. Segundo ele, uma reunião decisiva ocorrerá no início da próxima semana, com o presidente Lula (PT) – que está afastado por procedimentos médicos – ou com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
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— Estamos fazendo estudos, vendo qual é a melhor forma de avançar no fortalecimento do Porto. Encontramos o Porto de Itajaí fechado do governo anterior, a população desempregada, passando dificuldade. Conseguimos restabelecer o Porto, estamos tendo grande volume de operações e estamos discutindo dentro do governo qual a forma de fortalecer ainda mais.
Mais tarde, em entrevista coletiva, Silvio Costa Filho negou motivação política para a federalização do Porto e disse que é “momento de união”.
O governador Jorginho Mello (PL) confirmou ter conversado reservadamente com o ministro em Joinville, e disse que reiterou o posicionamento do governo, a favor da autoridade portuária municipalizada.
— O ministro sabe da importância que tem manter o Porto de Itajaí (com gestão) em Santa Catarina, para não deixar o Porto ser subordinado a Santos. Estamos alinhando os ponteiros para que isso não ocorra e para que Santa Catarina não sofra um revés desse — disse o governador.
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