A Polícia Civil prendeu neste sábado, em Itajaí, um médico de 39 anos, suspeito de ter estuprado pacientes. O caso foi descoberto por meio de uma denúncia anônima. Vídeos, que estão em poder da polícia, sugerem que pelo menos 10 mulheres tenham sido abusadas.

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As investigações estão a cargo da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Itajaí (DPCAMI ). O mandado de prisão do médico, expedido pela Justiça, é temporário _ válido por 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Durante esse período, a polícia buscará juntar mais provas e não deve divulgar a identidade do suspeito.

O delegado Alexandre Carvalho de Oliveira, responsável pelo caso, diz que os abusos teriam ocorrido desde 2017. O médico preso atua como clínico geral.

_ As cenas dos vídeos são muito chocantes. Sugerem o estupro de pacientes, inclusive imobilizadas e desacordadas _ afirma.

A polícia trabalha, agora, para identificar as vítimas e os locais onde os crimes podem ter ocorrido. O médico atuou em diversas unidades hospitalares do Litoral Norte catarinense.

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A operação para prender o suspeito recebeu o nome de Jaleco Branco. O médico foi encaminhado para o Complexo Prisional da Canhanduba, em Itajaí.

Médico atua na rede municipal

A Secretaria de Saúde de Itajaí emitiu nota, neste domingo (17), em que confirma que o médico detido atua na rede municipal, repudia "qualquer ato que fira a integridade de pacientes" e informa que irá identificar e punir "atitudes que descumprem com as leis e as normas que regem a saúde pública".

O comunicado afirma que a Procuradoria Geral do município foi designada para acompanhar o caso. A Secretaria se colocou à disposição da Polícia Civil e da Justiça na resolução do caso.

Confira a nota na íntegra:

"O Município de Itajaí, por meio da Secretaria de Saúde, informa que tomou conhecimento hoje (17), através da imprensa, da prisão temporária de um médico que atua na rede municipal.

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Até o momento, a Secretaria não foi informada oficialmente pelas autoridades das denúncias contra este profissional, mas se coloca à inteira disposição da Polícia Civil e da Justiça na resolução do caso. O Município de Itajaí já delegou à Procuradoria Geral para que acompanhe os fatos e tome todas as medidas cabíveis.

Por fim, a Secretaria de Saúde informa que repudia veementemente qualquer ato que fira a integridade de pacientes e que não medirá esforços para identificar e punir atitudes que descumprem com as leis e as normas que regem a saúde pública".