Um gigantesco marlim azul, com 4,2 metros de comprimento, é a mais nova atração do Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário Piçarras. O peixe, conservado, é um dos maiores marlins já capturados no mundo. Ganhará espaço na área de peixes ósseos do museu.
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O pesquisador Jules Soto, curador do museu, conta que o animal, da espécie makaira nigricans, foi capturado na década de 1990 no Litoral do Espírito Santo, por um pescador esportivo. O peixe passou por processo de taxidermia em Santos (SP), e acabou indo parar em uma casa no Norte de Florianópolis.
O animal foi localizado pelo Instituto Soto, comandado pelo pesquisador, e passou por um processo de recuperação. Ganhou pintura e higienização, para que ficasse de acordo com o padrão da espécie.
– Trata-se de um magnífico exemplar que possui um tamanho muito próximo do recorde mundial – afirma Jules.
O recordista é um animal com cerca de 6 metros de comprimento.
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“Troféu” da pesca oceânica, o marlim azul é uma espécie considerada vulnerável. O animal pode ser encontrado no Golfo do México, Caribe, na costa leste da América do Sul e ao longo da costa brasileira. Espécimes taxidermizados são leiloados mundo afora, por dezenas de milhares de dólares.
Da ciência à literatura
O marlim-azul tem um potencial de atrair atenção – e visitantes ao Museu Oceanográfico – que vai além da curiosidade por um dos mais impressionantes animais da fauna marinha. O peixe faz parte do imaginário de uma multidão de leitores mundo afora depois de ter sido descrito com maestria por Ernest Hemingway em “O Velho e o Mar”, obra que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1954.
Na história, o escritor norte-americano usa a luta entre o pescador e o gigantesco marlim como uma metáfora da condição humana.
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