A falta de informações divulgadas sobre a Operação Chabu, deflagrada nesta terça-feira, por parte da Polícia Federal em Santa Catarina, deve-se a uma decisão estratégica: como se trata de ação de inteligência, que envolve investigados dentro da própria instituição, a apuração é feita pela Diretoria de Inteligência Policial (DIP), em Brasília. Pelo mesmo motivo, os mandados são cumpridos por policiais que não atuam nas delegacias onde há alvos investigados.
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Na Delegacia da Polícia Federal de Itajaí, a informação foi de que os agentes locais não participaram do cumprimento de mandados. Pelo menos um dos alvos estava em Balneário Camboriú: era um edifício na Rua 3700.
Entenda a Operação
Os suspeitos atuam em órgão de inteligência e investigação conforme a Polícia Federal. A investigação apontou que eles são suspeitos de agir com o objetivo de prejudicar investigações policiais em curso e proteger o núcleo político em troca de favorecimentos financeiros e políticos.
A rede seria composta por políticos, empresários, e servidores da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
"Durante as investigações foram apuradas várias práticas ilícitas, dentre as quais destacam-se o vazamento sistemático de informações a respeito de operações policiais a serem deflagradas até o contrabando de equipamentos de contra inteligência para montar 'salas seguras' a prova de monitoramento em órgãos públicos e empresas", afirmou a PF em nota.
Estão sendo investigados crimes de associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa, além da tentativa de interferir em investigação penal que envolva organização criminosa conforme a Polícia Federal.
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A investigação teve início após análise dos materiais apreendidos durante a Operação Eclipse realizada em agosto de 2018. Um gabinete da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) foi alvo de um dos 10 mandados de busca e apreensão cumpridos na operação. Na ocasião, os investigados eram servidores públicos da Polícia Federal e da Polícia Civil.
Foram investigados os crimes de associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa, além da tentativa de interferir em investigação penal que envolva organização criminosa.