Moradores da Barra Sul, em Balneário Camboriú, enviaram à coluna imagens de uma mancha escura no Rio Camboriú, no início da manhã desta segunda-feira (11). Em condição de anonimato, levantaram a hipótese de se tratar de despejo de esgoto – o que foi negado tanto pela Secretaria de Meio Ambiente quanto pela Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa).
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A coluna enviou as imagens da mancha aos dois órgãos. Em nota, a Emasa afirmou que a coloração escura é resultado da chuva que atingiu a região entre domingo (10) e segunda-feira.
“A equipe técnica da Emasa informa que a mancha da foto em questão não é proveniente do lançamento do efluente tratado da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Nova Esperança no Rio Camboriú. O aparecimento deste tipo de mancha é recorrente quando de alta precipitação pluviométrica, como ocorrida neste final de semana, que aumenta o volume da vazão no Rio Camboriú, revolvendo material decantado em galerias pluviais que chegam ao ponto em questão levando para o Rio Camboriú material arrastado de coloração diferente. Também tem que ser levado em consideração materiais proveniente do fundo do riacho e de áreas que passam por terraplanagem nas proximidades desses curso d’água que desembocam no Rio Camboriú”.
Praia considerada imprópria deixa Balneário Camboriú em alerta para balneabilidade
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Maria Heloísa Lenzi, secretária de Meio Ambiente, também afirmou que a mancha parece ser decorrente das chuvas.
“Provavelmente a chuva do fim de semana trouxe água com outra coloração para o rio”, afirmou, em mensagem à coluna. Ela não respondeu se, em casos como esse, a Secretaria de Meio Ambiente faz coletas para avaliar a mancha.
Vídeo: mancha no Rio Camboriú
A preocupação em Balneário Camboriú aumentou depois que a última análise de balneabilidade da Praia Central, divulgada na sexta-feira (8), trouxe todos os 10 pontos de coleta impróprios para banho. A Emasa diz que há três fatores principais que impactam na balneabilidade: a falta de saneamento na vizinha Camboriú, as chuvas recorrentes e a falta de eficiência pontual no sistema de tratamento de esgoto, resultado de problemas na lagoa de aeração que passa por obras corretivas.