A semana será decisiva para a comando nacional do Sebrae, que está na mira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o período de transição. O PT conseguiu os votos necessários para destituir o atual presidente, Carlos Melles, e substituí-lo pelo catarinense Décio Lima.
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A troca já vinha sendo anunciada há mais de um mês, mas as negociações recuaram momentaneamente e agora voltaram a avançar, comandadas por Paulo Okamoto, ex-presidente do Sebrae e nome escolhido por Lula para tratar do assunto.
O Conselho do Sebrae tem 15 membros. O governo já conseguiu 11 votos e tem outros dois “engatilhados” para a destituição do presidente. A votação ocorre nesta quinta-feira (30). Nos bastidores, no entanto, fala-se na possibilidade de Melles abrir mão do cargo e renunciar já nesta quarta.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Okamoto negociou especialmente com o Centrão. O resultado final será uma substituição parcial, diferente do que pretendia o governo, que preferia uma troca de todo o comando do Sebrae.
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Os atuais diretores permanecerão no cargo após Décio Lima assumir a presidência — Bruno Quick e Margarete Coelho, que é indicada por Arthur Lira e Ciro Nogueira.
Décio Lima não tem comentado o assunto. Mas a presidência do Sebrae é um capital político importante para o atual presidente do PT em SC, que no ano passado levou a esquerda pela primeira vez ao segundo turno no Estado. Além de uma vitrine interessante, o Sebrae “conversa” com setores fortes na economia catarinense.
Confirmado na presidência do Sebrae, Décio terá uma polpuda verba de R$ 7,5 bilhões para administrar — maior que a maioria dos ministérios.
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