O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cometeu um grande equívoco ao ignorar as dimensões da tragédia climática no Rio Grande do Sul, onde a passagem de um ciclone deixou mais de 40 mortos. Lula telefonou ao governador Eduardo Leite (PSDB), publicou manifestação de solidariedade e enviou uma equipe. É pouco.

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Nesta sexta-feira (8), o vice Geraldo Alckmin (PSB), presidente em exercício, confirmou que viajará ao estado vizinho. É uma tentativa do governo de consertar um grave dano de imagem. O jornal Zero Hora publicou que aliados de Lula concordaram que as dimensões da tragédia foram mal calculadas em Brasília.

Santa Catarina tem muito a ajudar o Rio Grande do Sul

É papel do presidente da República estar presente quando um estado enfrenta tamanha calamidade. Espera-se que esteja ao lado de quem sofreu perdas, que veja os estragos de perto, e que entregue pessoalmente seus votos de solidariedade. Faz parte da função institucional. Lula tinha viagem marcada para a Índia, para participar do G20 – e é, de fato, um compromisso importante. Mas poderia ter encontrado espaço na agenda nos dias que antecederam a missão oficial.

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Nesse contexto, até mesmo a retomada da normalidade nas comemorações do Sete de Setembro ficou ofuscada. Nas redes sociais, o vídeo do presidente experimentando jabuticabas de uma árvore que ele mesmo plantou, após o desfile oficial, tem uma enxurrada de comentários com justificadas cobranças.

Lula esteve presente, por exemplo, quando Santa Catarina viveu a maior enchente de nossa história, em 2008. Ao ignorar os gaúchos e viajar à Índia sem ver de perto os estragos e a dor no Estado, o presidente toma para si o “chapéu” da insensibilidade.

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