O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve viajar a Santa Catarina para acompanhar de perto a situação da creche que foi alvo de um ataque violento na quarta-feira (5), que matou quatro crianças pequenas. Havia uma expectativa de que Lula viesse a Blumenau para prestar solidariedade às famílias das vítimas.

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Ainda na quarta, o presidente se manifestou nas redes sociais, tomou medidas como a liberação de recursos para reforçar as rondas escolares e a formação de um grupo interministerial para discutir o assunto, e pediu um minuto de silêncio em ato oficial. Foi o segundo ataque em ambiente escolar no Brasil em menos de 10 dias.

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Por esse motivo, em especial, mas também como gesto político, Lula comete um equívoco ao decidir não vir a Santa Catarina neste momento. A gravidade do ataque, a poucas semanas de completar dois anos da tragédia de Saudade, que ainda é uma ferida aberta, mostram que é necessária uma atuação institucional – motivo suficiente para mobilizar a estrutura de um chefe de Estado.

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Lula não teve maioria de votos em Santa Catarina, e a região de Blumenau é uma das mais bolsonaristas do Estado. Ao prestar solidariedade pessoalmente às vítimas, teria feito um simbólico e importante gesto de paz.