O nome do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, integra a extensa lista de suspeitos de incitação e financiamento de atos antidemocráticos e golpistas que foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). A documentação reúne apurações conjuntas do Gaeco, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar (PMSC), e é resultado da troca de informações entre autoridades de SC com outros estados. Hang nega que tenha apoiado os bloqueios das estradas após as eleições.

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Conforme publicado em reportagem da Agência Pública, a PRF indicou que as lojas Havan foram usadas como ponto de concentração e base de apoio para bloqueios ilegais de rodovias em SC. Um dos momentos mais tensos das interdições no Estado, quando manifestantes revidaram a abodagem da PRF e feriram dois policiais, ocorreu no pátio da Havan de Rio do Sul, à margem da BR-470.

O texto afirma, ainda que, segundo a PRF, a Havan e a transportadora Transben Transportes, que é ligada a familiares do empresário, teriam “deslocado veículos de carga até a manifestação no Km 83 e estavam presentes de forma organizada”. O texto faz referência ao bloqueio da BR-101, em Barra Velha.

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Hang nega participação na incitação e no financiamento dos atos golpistas. Ainda na sexta-feira (12), emitiu nota informando ter provas de que não participou nem apoiou dos bloqueios ilegais, como resposta à publicação da Agência Pública.

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“Hang reafirma veementemente, como já divulgado em nota anterior à imprensa, que não tem participação alguma em qualquer ato realizado nos últimos dias. Aliás, nem mesmo no dia 7 de setembro, quando houve um movimento de greve, nenhuma das 174 megalojas Havan fechou.

A própria empresa responsável por todo o transporte de cargas da Havan mantém suas atividades normais tendo também documentos para comprovar.

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Desde o dia 30 de outubro, Hang tem se dedicado exclusivamente às suas atividades empresariais”, informou o comunicado à imprensa.

Todas as informações levantadas nas investigações pelos estados foram encaminhadas ao Supremo e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que apuram os bloqueios das estradas após as eleições em dois inquéritos. Os inquéritos estão sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.

Pelo menos 12 empresários e agentes públicos de Santa Catarina foram identificados como líderes da manifestação.

PSOL pede inclusão em inquérito

Nesta quarta-feira (16) o portal Uol noticiou que o PSOL pediu a inclusão de Hang no inquérito do STF que apura os atos antidemocráticos. O empresário se manifestou por meio de nota e vídeo, em que nega que seu nome esteja na lista de pessoas identificadas pela PRF.

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