Inscrita na lista tríplice do Quinto Constitucional da OAB para a vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que aguarda decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL), a advogada catarinense Ana Blasi tem sido alvo de uma campanha contrária á sua nomeação, encampada por parlamentares bolsonaristas de Santa Catarina. O lobby pode tirar do Estado a chance de emplacar um novo nome catarinense na cobiçada lista de desembargadores do TRF-4.
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A campanha contra o nome de Ana Blasi – que defendeu a vice-governadora Daniela Reinehr (PL) no processo de impeachment – é responsabilidade de um grupo entre os bolsonaristas, que estão longe de ter unidade em SC. Entre os motivos para a resistência está a nomeação de Blasi para o Tribunal Regional Eleitoral, em 2015, que foi assinada pela então presidente Dilma Rousseff (PT).
Outro “problema” apontado na biografia da advogada é um prêmio que ela recebeu em 2018 na Câmara dos Deputados, o Diploma Mulher Cidadã Carlota Pereira Queirós. O motivo? A indicação veio de uma deputada do PT de São Paulo.
Para tentar vencer a resistência, Ana Blasi conta com um cabo eleitoral de peso nos bastidores – a advogada pessoal do presidente Jair Bolsonaro (PL), Karina Kufa, que atuou ao seu lado na defesa da vice-governadora Daniela Reinehr no processo de impeachment em SC. Apesar disso, catarinenses no meio jurídico veem poucas chances de dobrar a artilharia de uma vertente do bolsonarismo.
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A turma que encampa o lobby contra Ana Blasi em Santa Catarina abraçou o nome de um paranaense, o advogado Alaim Stefanello, que conta com o apoio do governador Ratinho Junior. O gaúcho Marcelo Bertoluci, mais votado da lista tríplice, também encontra resistência por relações societárias com um advogado filiado ao PT. Mas pesa a seu favor do o apoio do ex-ministro Onix Lorenzoni.
Ao fim e ao cabo, a movimentação podefazer com que o Estado perca a chance valiosa de ter mais um nome na corte mais alta da região Sul.
Atualmente, o presidente do TRF-4 é o catarinense Ricardo Teixeira do Valle Pereira, e outros três desembargadores nasceram e fizeram carreira no Estado: Victor Luiz dos Santos Laus, Rômulo Pizzolatti e Sebastião Ogê Muniz. O desembargador Osni Cardoso Filho nasceu em São Paulo, mas passou boa parte da vida em SC e é considerado catarinense. Paulo Afonso Brum Vaz e Celso Kipper são do Rio Grande do Sul, mas se radicaram em Santa Catarina. Já o desembargador Luiz Carlos Canalli nasceu em Campos Novos, mas sua trajetória profissional está ligada ao Paraná.
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