A Lamborghini Gallardo apreendida pela segunda vez em Balneário Camboriú, nesta terça-feira (27), já pertenceu ao principal alvo de uma grande operação de combate ao tráfico internacional de cocaína, deflagrada em 2017 – a Operação Oceano Branco.
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O carro foi recolhido na segunda etapa da operação, quando a polícia buscava indícios de ocultação de provas. Na época, a Lamborghini estava na garagem de um edifício na Rua 1.400.
A operação Oceano Branco apurou o envio de cocaína à Europa através dos portos de Itajaí e Navegantes. Em um ano e meio, a quantidade de drogas apreendida somou cerca de R$ 1,2 bilhão.
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O grupo era investigado desde julho de 2015, quando autoridades policiais da Dinamarca entraram em contato com o Brasil após terem apreendido 320 quilos de cocaína em um contêiner que saiu do porto de Navegantes. Nos dois anos seguintes, a PF apreendeu seis toneladas de cocaína que pertenciam ao grupo investigado em 12 ações – seis no Brasil e seis no exterior, na Bélgica, França e Espanha.
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A estimativa é que o patrimônio do grupo criminoso somasse R$ 150 milhões em 2017. Dois anos depois, no entanto, uma nova operação foi deflagrada para sequestrar o equivalente a mais R$ 70 milhões em bens, que a quadrilha vinha tentando esconder. A lista de bens sequestrados incluiu apartamentos de alto padrão, carros de luxo das marcas Porshe, Lamborghini e Ferrari, e embarcações.
Considerando os valores movimentados, a apreensão foi uma das maiores já feitas pela Polícia Federal em Santa Catarina.
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Lamborghini Gallardo apreendida pela segunda vez em Balneário Camboriú chega à delegacia da PF. Carro já foi símbolo de ostentação para o tráfico internacional. Veja na coluna: https://t.co/o2e15N9UAm pic.twitter.com/9DqIqOOcbv
— dagmara spautz (@dspautzsc) July 27, 2021Continua depois da publicidade
Apreendido de novo
Os bens da quadrilha investigada pela Operação Oceano Branco foram leiloados pela Justiça. Entre eles a Lamborghini Gallardo, que foi vendida por R$ 589 mil.
Os leilões e vendas judiciais são uma maneira de descapitalizar o crime. Mas o carro voltou a ser apreendido, nesta terça-feira, porque há suspeitas de que tenha sido comprado da Justiça usando um “laranja” e dinheiro frio. As investigações, que foram iniciadas pelo Ministério Público Federal (MPF), apontaram que a compradora não tinha renda suficiente para pagar pelo veículo.
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O superesportivo precisou ser guinchado a partir do estacionamento de um edifício em Balneário Camboriú, onde era mantido, já que o proprietário não forneceu as chaves.
O carro deverá permanecer sob os cuidados da PF enquanto seguem as investigações. A polícia informou que os investigados poderão responder por lavagem de dinheiro.
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