O Laboratório Santa Luzia comunicou à Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive) que identificou 16 casos suspeitos da variante B.11.7 do novo coronavírus – a variante do Reino Unido. Os exames foram encaminhados à Fiocruz, no Rio de Janeiro, para confirmação por meio de sequenciamento genético. A Secretaria de Estado da Saúde acompanha o caso.

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Os testes são de Florianópolis, Palhoça e São José. Entre os exames suspeitos há três crianças e adolescentes de zero a 19 anos, 10 adultos entre 20 e 59 anos, e três idosos com mais de 60 anos. De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macario, os municípios foram alertados.

– Comunicamos os municíos semana passada, para que fizessem contato com os pacientes, identificassem se tiveram contato de viagem e para atuar no monitoramento.

Segundo ele, a identificação ocorreu no âmbito de um projeto de pesquisa do qual o labratório catarinense participa. O objetivo, além de identificar casos suspeitos de novas variantes, é aprimorar os modelos de testagem.

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No caso dos testes suspeitos, o que acendeu o alerta no laboratório foi fato de que os testes RT-PCR não identificaram a proteína Spike do vírus, que aparece habitualmente nas análises. De acordo com o virologista José Eduardo Levi, da rede Dasa, à qual pertence o laboratório catarinense, essa alteração é uma das características da variante do Reino Unido.

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– A Spike é a proteína que o vírus usa para se ligar à célula humana e, portanto, alterações nela podem tornar o vírus mais infeccioso. Os cientistas ingleses acreditam que seja esta a base de sua maior transmissibilidade – explica.

Até agora, nenhum caso de Covid-19 causado pela variante B.1.1.7 foi confirmado em Santa Catarina. O Estado tem cinco casos identificados da variante brasileira, P.1, que são considerados importados – o que significa que as pessoas se contaminaram em outros estados.

Assim como a variante brasileira, a do Reino Unido também é considerada mais transmissível do que outras ‘versões’ do coronavírus. Além dos 16 casos enviados pelo Laboratório Santa Luzia, o Estado também aguarda o resultado do sequenciamento genético em outras 60 amostras, enviadas de todas as regiões catarinenses. O objetivo é identificar a circulação de mutações.

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