A Justiça determinou a soltura do sargento da Polícia Militar Tadeu José de Andrade, preso em novembro por ter supostamente organizado a operação que expulsou de Itajaí pessoas em situação de rua. O policial, no entanto, seguirá afastado das atividades operacionais e cuidará de serviços administrativos até a conclusão do inquérito.

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O alvará de soltura foi expedido nesta terça-feira (13). A decisão é da Vara de Direito Militar da Capital em resposta a um pedido da defesa de Andrade, que pediu a substituição da prisão por outras medidas cautelares. Ele permanecia detido no 1º Batalhão, em Itajaí, há um mês.

Além de afastado do policiamento, o sargento terá restrições para se ausentar de Itajaí e ficará proibido de utilizar as redes sociais.

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Em nota, a defesa técnica do sargento Tadeu José de Andrade, capitaneada pelo advogado Mathaus Agacci, informou que “respeita toda e qualquer decisão judicial e continuará a zelar pelas garantias constitucionais do cliente, em especial a da presunção de inocência”.

O caso repercutiu nacionalmente, e o comando do 1º Batalhão sustentou que a ação não foi autorizada – teria ocorrido “à revelia” e por decisão dos próprios policiais. A investigação contra Andrade inclui crimes militares de tortura, racismo, abuso de autoridade, incitação, e organização de grupo para prática de violência.