O juiz Gilberto Gomes de Oliveira Junior, da Vara Criminal de Navegantes, determinou que o ex-prefeito Roberto Carlos de Souza e outras seis pessoas sejam monitorados por tornozeleira eletrônica. A decisão é uma resposta à Operação Cidade Limpa, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

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O ex-prefeito chegou a ser preso temporariamente quando foi deflagrada a operação, no dia 1º de novembro. Mas foi liberado no mesmo dia sem prestar depoimento. Afirmou à coluna, após ser solto, que sua prisão havia sido um mal entendido, e que estava à disposição para prestar esclarecimentos no decorrer do processo.

Roberto Carlos e outras 10 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O promotor de Justiça Márcio Veiga fará uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (13) à tarde para falar sobre o caso.

A defesa do ex-prefeito informou que já pediu a revogação das medidas cautelares, por entender que foram determinadas de forma "genérica". Alega que o caso do ex-prefeito é diferente dos demais denunciados, já que ele não chegou a prestar depoimento e foi liberado da prisão temporária pelo MPSC.

Afirma, ainda, que o ex-prefeito não foi mencionado pelos demais investigados e não teve o nome citado em conversas interceptadas pela investigação. A defesa defende que Roberto Carlos foi denunciado "apenas para justificar a arbitrariedade do pedido de prisão temporária", e diz que a inocência será comprovada.

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Licitações

A Operação Cidade Limpa investiga supostas fraudes em licitações, envolvendo várias empresas que pertencem ao mesmo grupo. Para o Ministério Público, há indícios de combinação de preços para vencer concorrências públicas – o que é ilegal.

A investigação tem como alvo empresários e servidores públicos que, para o MPSC, facilitariam a permanência das empresas como prestadoras de serviços, renovando contratos sem novas licitações. A promotoria suspeita de pagamento de propinas.

O suposto esquema teria se repetido em licitações em Navegantes, Penha e Itajaí. Só em Navegantes, as empresas do grupo investigado têm contratos que somam R$ 16 milhões e vão até 2020.

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