Não por acaso, o universo carcerário é um tema recorrente na literatura e no cinema. E o Brasil, com a terceira maior população encarcerada do mundo – são 812 mil pessoas presas, das quais 41,5% aguardam julgamento – é também um celeiro de histórias. É o que conta a juíza catarinense Débora Driwin Rieger Zanini no Livro "Regime Fechado – Histórias do cárcere", lançado pela Editora Lura. A partir de sua experiência, de duas décadas na magistratura, ela revela casos reais, instigantes e por vezes trágicos, vivenciados por seus protagonistas: os presidiários.

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Entre as histórias que ela conta no livro, estão a da jovem miss que teve a beleza severamente afetada por uma “companheira” de cela. Ou a do preso que enganou os próprios colegas com uma falsa doença. Mostra também o caso de uma bebê, que viveu como detenta até ser adotada, e a apenada que tinha um sapo como animal de estimação.

Em uma linguagem direta, e sem rodeios, a juíza traz situações inusitadas, como uma fuga frustrada, e também realidades cotidianas, como a rivalidade entre as facções e as gírias mais usadas.

Nascida em Ijuí (RS), Débora Driwin Rieger Zanini se formou em Direito pela Unisul e é pós-graduada em Direito Processual Civil pela Universidade Castelo Branco. É juíza de Direito do Tribunal de Justiça de Santa Catarina há 20 anos. Atuou nas Comarcas de Araranguá, Anchieta, Armazém, Urussanga e Criciúma. Hoje, responde pela Vara de Execuções Penais da Comarca de Criciúma e é Corregedora do Presídio Regional (Santa Augusta), da Penitenciária Sul e da Penitenciária Feminina, todos de Criciúma.

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Foi membro e Presidente da 4º Turma Recursal e compôs a Turma de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais do TJSC.

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