Uma coluna do jornal francês Le Monde retratou como os simpatizantes do nazismo perderam a vergonha de dar as caras no Brasil. No texto, o correspondente Bruno Meyerfeld entrevista especialistas sobre o surgimento de um neonazismo “cada vez mais visível e descomplexado”, e reserva algumas referências a Santa Catarina, “berço histórico do nazismo brasileiro”.
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Entre vergonhosos episódios recentes do neonazismo tupiniquim, o Le Monde resgata a história do cidadão que balançou uma bandeira nazista na sacada de um apartamento em área nobre de Florianópolis – e saiu ileso – e não poupa a política catarinense. O jornal francês relaciona dois episódios recentes em que a política de SC teve que explicar referências ao nazismo.
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Um deles foi a candidatura a vereador, em Pomerode, do professor de história que decorou a piscina de casa com uma suástica. “Em 2020, o Partido Liberal (PL, à direita) causou escândalo ao investir como candidato municipal na pequena cidade de Pomerode um professor de história, notório nazista, conhecido na região por ter pintado uma suástica para decorar o fundo de sua piscina” – relata o artigo. Ele acabou expulso do partido.
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Outro fato resgatado pelo Le Monde foi a dificuldade que a vice-governadora Daniela Reinehr teve quando, ao assumir o governo interinamente, durante o processo de impeachment do governador Carlos Moisés, precisou explicar o apreço do pai pelo nazimo. O jornal lembra que só depois de pressionada a vice-governadora se disse “contrária ao nazismo”. “A governadora interina do mesmo estado, Daniela Reinehr, recém-nomeada para o cargo, foi convocada para explicar as atividades de seu pai, Altair, um dos negadores mais famosos do país”, relata o Le Monde.
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O correspondente ouviu especialistas como os antropólogos Adriana Dias, que mapeia o crescimento das células neonazistas brasileiras na internet, Alexandre De Almeida, especialista em grupos de extrema direita, e o historiador Odilon Caldeira Neto, professor de história contemporânea, para entender o cenário. O texto conclui que o neonazismo brasileiro é um fenômeno ultra-minoritário, de poucos extremistas que se encontram com a ajuda da internet.
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O surgimento de novos casos absurdos, como a fabricação e venda de objetos de divulgação do nazismo que foi identificada pela polícia e o Ministério Público em Timbó, por exemplo estaria mais relacionado à visibilidade do que à quantidade de neonazistas no Brasil. Na avaliação dos especialistas, os simpatizantes de Hitler estariam se sentindo representados no Brasil de 2021, e saindo das sombras.
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