O governador Jorginho Mello (PL) retornará da missão ao Panamá com uma tarefa na lista: encontrar um novo líder para o governo na Assembleia Legislativa. Como adiantou em sua coluna o colega Anderson Silva, não se trata de uma escolha trivial. O líder tem a função de articular com as bancadas e servir quase como um “advogado” das pautas de interesse da Casa D`Agronômica. 

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Jorginho ainda não acertou a mão. O primeiro escolhido foi o deputado Edilson Massocco (PL), um estreante na Alesc. A postura “faca na bota” do deputado de Concórdia, aliada à falta de traquejo para aquelas exigências do cargo que estão nas entrelinhas – como participar dos encontros que seguem noite adentro, regados a churrascos e peixadas, onde os acordos de bastidor são de fato costurados – o colocaram na berlinda.  

Seu substituto temporário, o deputado Ivan Naatz (PL), queria muito – mas muito – o posto e trabalhou por isso desde a eleição de Jorginho. O próprio Massocco fez questão de sublinhar isso ao tecer críticas ao colega de bancada na despedida da liderança. Disse que Naatz “teria um infarto” se não fosse nomeado líder do governo – e fez mais: “entregou” a suposta intenção do colega de bancada de estar em busca de uma posição estratégica para se aproximar do presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), João Henrique Blasi, neste momento em que ele é governador interino. Naatz está de olho em uma futura vaga de desembargador. 

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Fato é que as circunstâncias “empurram” para Jorginho a necessidade de escolher um novo líder – o que ele pode fazer de imediato, ou protelar até o início do ano que vem. E esta não será uma tarefa simples. Interlocutores do governo dizem que a melhor alternativa, no atual cenário, seria um nome fora do PL. 

A leitura é de que uma liderança na Alesc sem o selo do “partido do governador” traria uma força a mais, um sentido de aglutinação, e que isso seria positivo para o governo, que se elegeu com chapa pura. Jorginho tem dois partidos mais próximos, com vagas no Centro Administrativo – PP e MDB. Em ambos, há alternativas viáveis nas cadeiras da Assembleia. Outro partido que interessa ao governo é o PSD de Julio Garcia e Eron Giordani. O namoro vinha acontecendo, com conversas de bastidor, mas ainda não evoluiu.  

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