O senador Jorginho Mello (PL) emitiu nota em que comenta a aprovação do requerimento para ouvir o governador Carlos Moisés (PSL) na CPI da Covid. No texto, explica que o critério para escolha dos governadores que serão ouvidos pela Comissão é terem sido alvo de operações da Polícia Federal.
Continua depois da publicidade
“Manobra política”, diz governo sobre convocação de Moisés pela CPI da Covid
No texto, o senador diz que “não se discute a origem dos R$ 33 milhões que sumiram na compra de respiradores fantasmas” – embora a justificativa do requerimento de convocação de Moisés e da vice-governadora Daniela Reinehr, que foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira, cite o episódio.
CPI da Covid: Moisés cutuca Jorginho após saber que será chamado para depor
Jorginho ‘cutucou’ de volta o governador, que o acusou de buscar um “factóide” com a convocação: “Oportunismo é usar o arquivamento do processo de impeachment como chancela de boa gestão, quando na verdade ninguém foi responsabilizado pelo ato criminoso e os R$ 33 milhões continuam desaparecidos. E isso está longe de ser um factóide”.
Continua depois da publicidade
Vice-governadora Daniela Reinehr está na lista dos convocados pela CPI da Covid
Veja nota na íntegra:
“Sobre a convocação de governadores na CPI da Covid:
A convocação do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, para depor na CPI da Covid é fruto de um requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania – SE), aprovado por consenso na sessão de hoje. A lista de governadores convocados segue o seguinte critério: serão ouvidos TODOS os que são ou foram alvos de operações da Polícia Federal que apuram possíveis desvios de verbas no combate ao Covid-19.
No caso do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, não se discute a origem dos R$ 33 milhões que sumiram na compra de respiradores fantasmas. A partir desse episódio lamentável e inconcluso, já que ninguém foi responsabilizado até agora, a CPI da Covid avaliará a aplicação dos recursos federais transferidos diretamente ao Estado para o combate ao COVID. Ou seja, investigará, no TODO, eventuais utilizações indevidas de dinheiro público.
Por fim, oportunismo é usar o arquivamento do processo de impeachment como chancela de boa gestão, quando na verdade ninguém foi responsabilizado pelo ato criminoso e os R$ 33 milhões continuam desaparecidos. E isso está longe de ser um factoide”.