Redes de WhatsApp de integrantes da caserna começaram o ano inundadas com uma série de mensagens críticas ao governo Jorginho. O governador vive uma crise no relacionamento com os militares, especialmente com a PM, que agravou desde as últimas semanas de 2024.

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O impasse começa com a questão salarial, principalmente entre os praças. A expectativa de reajuste, por parte dos policiais, esbarrou nas medidas de ajuste fiscal que foram implementadas desde 2023 pelo governo, e que limitam o crescimento da folha – hoje, em mais de R$ 20 bilhões. O clima azedou ainda mais com uma fala improvisada do governador durante um evento, no fim do ano passado, em que reclamou da pressão aos oficiais.

O movimento pegou mal e conseguiu unir praças e oficiais – que não costumam “comprar briga” em conjunto.

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O capítulo mais recente da crise é o amplo destaque que o governo tem dado aos bons índices de segurança do Estado. Os policiais militares têm dito, internamente, que não há um reconhecimento devido à polícia, que se considera responsável direta pelos números. 

Internamente, a avaliação é de que o atual comandante geral da PM, coronel Aurélio Pelozatto, tem falhado na função de blindar o governador de problemas com os militares. Pelozatto enfrenta resistência de uma fatia da corporação, mas essa não é a única questão. O comandante teria deixado de orientar o governo sobre movimentos e as consequências nos quartéis – o que colaborou com o desgaste, na avaliação de interlocutores.

O estremecimento com a PM preocupa o governo, porque se trata não só de uma categoria organizada e capilarizada, mas também de uma área estratégica para o governo, com força política e apoio popular. Nesse cenário, o governo não descarta uma troca de comando, numa tentativa de apaziguar os ânimos.

A hipótese ganhou força nos últimos dias, e o governo estaria em busca de um substituto com perfil para apagar o “incêndio”. Há urgência no Centro Administrativo para conter a crise, e evitar que ela se torne um problema em 2026.

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