Jet skis invadem área de banhistas em Balneário Camboriú

Imagens feitas por Rafael Casagrande, morador de Balneário Camboriú, mostram o flagrante desrespeito às regras de navegação por parte de condutores de lanchas e jet skis na Praia Central. Há dias ele fotografa situações de perigo como esta, que mostra um jet ski em meio às ondas e aos banhistas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a presença das embarcações em meio à arrebentação é proibida. Os condutores, no entanto, parecem se valer das dificuldades de fiscalização.

Esse tipo de ocorrência é o que mais gera autuações por parte da Marinha na região. Os Bombeiros ajudam na fiscalização e, quando possível, denunciam as irregularidades à Capitania dos Portos. Os flagrantes são constantes, mas o major Maico Francisco Alcântara, do 13º Batalhão dos Bombeiros, diz que dificilmente se consegue interceptar os condutores no momento em que estão fazendo a manobra ilegal _ ao perceber a aproximação das autoridades, a maioria foge.

De acordo com as normas da Marinha, as embarcações só podem trafegar a uma distância de mais de 200 metros da areia. A exceção está nos chamados corredores de aproximação, que demarcam o caminho dos jet skis mar adentro. Não é o caso da foto.

Procurada, a Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí a Marinha informou que há regras descritas nas Normas da Autoridade Marítima, que dispõem sobre o tráfego aquaviário. Confirmou que embarcações sem motor (a remo ou vela) podem trafegar a partir de 100 metros da praia, embarcações a motor (como os jet skis) têm limite de 200 metros, e as extremidades da praia, ou outra área determinada pelo município, podem ser usadas para entrar e sair da água ou para embarque e desembarque.

O contato da Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí, para denúncias, é o telefone (47) 3348-0129, ou o e-mail delitajai.secom@marinha.mil.br. "Ajudará demasiadamente o trabalho da Capitania dos Portos em Itajaí o fornecimento do número de inscrição e nome da embarcação, sempre que possível acompanhado de imagens", informa, em nota, a Marinha.

A imprudência dos condutores pode resultar em acidentes graves. Em 2012, a repercussão da morte de uma menina de três anos em Bertioga, Litoral de São Paulo, atingida por um jet ski quando brincava na areia, levou uma mobilização nacional pelo respeito às regras de navegação. Aparentemente, muita gente já esqueceu a tragédia.