A JBS/Seara, que assumiu o contrato de arrendamento provisório do Porto de Itajaí, investiu US$ 30 milhões na readequação – o que equivale a mais de R$ 167 milhões. A empresa não se manifesta sobre a reabertura, mas a coluna apurou que a área de operação de contêineres está pronta para o retorno dos navios, o que deve ocorrer com a liberação do alfandegamento.

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A expectativa é que os navios voltem a atracar nos berços 1 e 2 do Porto de Itajaí, administrados pela JBS/Seara, até o fim do mês. A empresa negociou cinco linhas, que podem chegar a seis, dependendo do espaço disponível para operação.

Os serviços ligarão o Porto de Itajaí com Ásia, Europa, Oriente Médio e Mediterrâneo. Entre os armadores que serão anunciados pela JBS/Seara estão a suíça MSC, a alemã Hapag Lloyd e a árabe Sealead, de Dubai – uma das “novatas” no mercado que vem registrando índices de crescimento acima da média, e já está entre as 20 maores do mundo no setor.

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A ligação com Itajaí já consta no site do armador, como um dos destinos oferecidos para o transporte marítimo de cargas.

Nos bastidores, a coluna apurou que a retomada do Porto de Itajaí será gradativa. A primeira linha deve estrear em setembro. Em outubro, outros dois serviços serão integrados. Até novembro, todos estarão em operação.

Entenda o impasse que fechou o Porto de Itajaí para contêineres:

O contrato de arrendamento do Porto de Itajaí com a gigante APM Terminals tinha duas décadas e prazo para terminar: 31 de dezembro de 2022 Era responsabilidade da União executar uma nova concessão em tempo hábil para que houvesse uma transição sem solavancos. Mas isso não aconteceu.
Sem perspectiva de finalizar o processo, em novembro de 2022 o governo Bolsonaro estendeu provisoriamente o direito da prefeitura de Itajaí de tocar a autoridade portuária. Autorizou-se um contrato tampão para que o terminal não ficasse sem operador – mas as linhas, os navios, já haviam negociado com outros portos.
Autorizou-se um contrato tampão para que o terminal não ficasse sem operador – mas as linhas, os navios, já haviam negociado com outros portos.
No final de 2023, a Mada Araújo venceu o edital da Antaq para operar temporariamente o porto, até um novo leilão. Mas a empresa teve problemas para retomar as operações.
A chegada da JBS/Seara, que assumiu as operações, foi vista como chance de recomeço para o Porto de Itajaí, que nao recebe contêineres desde o final de 2022.