O setor portuário em Santa Catarina teve dois avanços significativos e bilionários de investimentos nos principais portos privados do Estado nos últimos dias. Em Itapoá, foi inaugurada a terceira fase do projeto de expansão, que inclui 200 mil metros quadrados de pátio e um novo armazém – o que coloca o terminal na lista dos maiores pátios de contêineres do país.

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O investimento, de R$ 850 milhões, permitirá movimentar até dois milhões de TEUs ao ano (medida que corresponde a contêineres de 20 pés). Somando as fases iniciais de ampliação e o que ainda está por vir, o aporte em Itapoá chegará a R$ 2,5 bilhões.

Também na última semana, a Terminal Investment Limited (TIL), uma das maiores operadoras de contêineres do mundo, que integra o grupo suíço de navegação MSC, levou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua bilionária previsão de investimentos no Brasil – incluindo um projeto de R$ 3 bilhões para a Portonave, em Navegantes.

Conheça a Portonave, em Navegantes:

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O valor inclui as obras no cais de atracação, que já estão em andamento, a compra de novos equipamentos, aquisição de terrenos para expansão da área retroportuária, e a expansão do porto propriamente dita. O investimento bilionário é projetado para um período de até cinco anos. A Portonave é o segundo terminal que mais movimenta contêineres no Brasil.

A iniciativa privada está apostando – e investindo alto – em Santa Catarina. O que falta, no momento, são investimentos públicos na mesma proporção. Levantamentos recentes apontam gargalos não apenas nos acessos aquaviários, que são responsabilidade da União, mas também nas rodovias e ferrovias que são fundamentais para que as cargas cheguem com segurança e rapidez aos terminais.

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Isso sem contar o “efeito dominó” dos prejuízos causados pela situação do Porto de Itajaí, que não recebe navios de contêiner há um ano e meio – o que vem refletindo em toda a corrente portuária.

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Nas últimas semanas, entidades empresariais como a Fiesc e a Facisc vêm se mobilizando para alertar para a urgência para solucionar problemas no setor portuário em Santa Catarina. Em um ofício enviado diretamente ao vice-presidente da República e ministro de Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, o presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, cita a necessidade de obras urgentes nos acessos aquaviários, para preparar os maiores portos de Santa Catarina para a nova geração de navios que está chegando ao país:

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“A adequação de calado, tanto da Baía da Babitonga quanto do Rio Itajaí-Açu, é outra situação preocupante para o futuro próximo, já que são fundamentais para operação de navios com maiores dimensões que irão operar na costa brasileira. No caso do Rio Itajaí-Açu, estão previstas no PAC, na modalidade concessão, melhorias na Bacia de Evolução. Neste sentido é urgente definir o modelo desta proposta e dar celeridade ao processo”.

“É importante ressaltar que a ampliação da Bacia de Evolução, em conjunto com a dragagem de aprofundamento e ajustes no Rio Itajaí-Açu, não serão só fundamentais para o futuro das operações portuárias, mas estão diretamente relacionados com medidas de mitigação e contenção dos efeitos de eventos naturais extremos, como as enchentes”.

Como são os navios de contêineres que navegam pelo mundo:

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