O inquérito que apura denúncia de suposta injúria racial por parte do deputado estadual Ivan Naatz (PV) foi concluído sem indiciamento. A Polícia Civil entendeu que faltam provas. Na última quarta-feira (12) o parlamentar usou a tribuna da Assembleia Legislativa para comentar publicamente o caso pela primeira vez, e se disse vítima de uma campanha difamatória.

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Naatz apresentou uma queixa crime no Ministério Público e uma ação de indenização por dano moral contra o servidor que o denunciou. No Boletim de Ocorrência, o jovem acusou o deputado de ter afirmado que “um preto trabalha no gabinete porque se der m* a culpa é dele”.

Citado no boletim de ocorrência como suposta testemunha do fato, o deputado Sargento Lima (PSL) também se pronunciou esta semana na Alesc. Disse não ter ouvido tal afirmação por parte de Naatz.

– Eu sei que seria crime e me manifestaria – disse.

Bate-boca

Ao usar a tribuna para falar sobre o caso, Naatz afirmou que foi vítima de uma “fraude”, e acusou a deputada Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT) de ter orientado o denunciante e dado publicidade ao caso. Paulinha confirmou ter auxiliado o rapaz, mas negou qualquer tentativa de prejudicá-lo.

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O episódio reacende os embates recentes entre os dois, que protagonizam lados opostos no projeto que pretende acabar com os pedágios ambientais no Estado. Paulinha foi a responsável pela criação da primeira Taxa de Preservação Ambiental (TPA), quando prefeita de Bombinhas. Naatz é autor do projeto que impede a criação de taxas semelhantes.