Empresas importadoras catarinenses associadas à Aliança Brasileira de Importadores Varejistas e Atacadistas (Abiva) estudam intervir junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para resolver um problema que tem aumentado consideravelmente o custo das operações: a devolução de contêineres vazios aos terminais dos armadores, os depots.

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O objetivo é encontrar uma solução para resolver o impasse entre importadores e armadores, que envolvem cobranças diárias às empresas importadoras por não conseguirem efetivar a devolução dos contêineres vazios dentro do período de free time por deficiência dos depots – empresas nomeadas pelos armadores, responsáveis pela gestão do estoque de contêineres vazios.

Atualmente, mercadorias que chegam em portos de Santa Catarina, como os de Navegantes e Itapoá, são descarregadas, nacionalizadas e posteriormente os contêineres vazios devolvidos aos armadores, nos seus respectivos depots. Neste procedimento, há o chamado free time, ou seja, o tempo total em que a empresa importadora pode dispor do contêiner sem nenhuma cobrança de sobre-estadia – taxa chamada de demurrage. Caso o contêiner vazio seja entregue após o período acertado, que varia entre 7 a 21 dias, a cobrança pode chegar a U$ 300 por dia.

De acordo com o diretor administrativo da Abiva, Maicon Gorges, para fazer a devolução é preciso um agendamento junto ao terminal do armador – e é aí que está o impasse.

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– A maioria dos importadores tenta devolver o contêiner dentro do prazo, mas o problema é que o agendamento do procedimento tem passado de 30 dias, gerando altos custos aos importadores, que não têm culpa, e, portanto, não podem ser penalizados pela impossibilidade de efetivarem a entrega dentro do free time”, alerta Gorges.

A Abiva, com sede em Itajaí, agendou nova reunião com associados para a próxima semana para definir o encaminhamento sobre o assunto.

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