A primeira sessão do Tribunal de Julgamento do Impeachment, presidida pelo presidente do TJSC, desembargador Ricardo Roesler, trouxe ao processo um conceito que andou meio esquecido pelos deputados na Alesc: o direito à defesa e a clareza sobre as regras do jogo.
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> Deputado Kennedy Nunes será o relator da denúncia no tribunal do impeachment de Moisés e Daniela
A opção de Roesler, de apresentar e colocar em votação todos os passos que serão tomados pelo Tribunal, jogou um balde de água fria sobre a pressa que tem uma parte dos parlamentares para votar o afastamento de Moisés e Daniela. A votação ocorrerá depois do feriado de 12 de outubro.
> O dia previsto para a decisão sobre o afastamento de Moisés e Daniela no processo de impeachment
Não poderia ser diferente. O Judiciário, que segura as rédeas do Tribunal de Julgamento, traz ao processo de impeachment conceitos basilares do ofício. O TJSC não poderia admitir atropelos no processo, sob pena de confrontar o que se entende por Justiça.
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Talvez por isso, a sessão tenha assumido um tom muito diferente do que se viu na Alesc ao longo dos últimos, quando prevaleceu o clima de “jogo jogado” – o que incluiu uma comissão de impeachment e uma CPI sem representantes do governo.
Essa mudança na condução do processo mostra por que Moisés e Daniela insistem em dizer que confiam em um julgamento mais técnico e menos político nesta fase do impeachment.
É uma aposta alta, já que o relator será um dos mais afiados opositores do governo a compor o Tribunal de Julgamento. O sorteio do nome de Kennedy Nunes já aponta qual deve ser o teor do documento que será apresentado aos demais membros do grupo, no dia 7 de outubro. E mostrou que Moisés continua de mal com a sorte.
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