O problema crônico no abastecimento de água em Penha passa por desentendimentos entre a concessionária e a prefeitura sobre o contrato. Os termos vinham sendo repactuados até que travaram em um novo impasse: o pedido da prefeitura para que a empresa Águas de Penha assuma uma dívida de R$ 10 milhões do município com a Casan, ao qual a concessionária tem ressalvas jurídicas. O prefeito Aquiles da Costa (MDB) tem reclamado publicamente do serviço.

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Investimento parado

O presidente da concessionária Águas de Penha, Carlos Roma Junior, falou à coluna sobre a situação do abastecimento na cidade e acusou a prefeitura de não cumprir a parte que lhe cabe no contrato de concessão – especialmente a entrega de áreas para a instalação da estação de tratamento, e da licença ambiental. Segundo ele, o impasse travou investimentos de R$ 70 milhões. Roma diz que Penha poderia ter seguido o modelo de Bombinhas, que inaugurou o novo modelo de abastecimento no verão passado. “Não tem efeito prático segurar investimento que era minha obrigação fazer. Já poderíamos ter resolvido o problema da água”, afirma.

Denúncia

A Associação dos Moradores da Praia Grande, Cascalho e Poá (AMAPG) protocolou uma denúncia no MPSC para chamar atenção para o descumprimento de prazos do contrato de água e saneamento em Penha. A entidade ressalta que os reajustes têm sido feitos regularmente – mas não há sinal de uma solução para o próximo verão.