O maior e mais caro megaiate já produzido em série no Brasil teve a primeira encomenda formalizada. A embarcação de R$ 60 milhões, fabricada pelo estaleiro do Grupo OKEAN, em Itajaí, foi comprada por um cliente brasileiro em uma negociação cercada de sigilo.
Continua depois da publicidade
Receba notícias do NSC Total pelo WhatsApp
A empresa, que é a única autorizada a produzir os super iates de luxo da marca italiana Ferretti, Yachts, não divulga quem é o comprador, nem para que parte do Brasil ela será enviada depois de pronta. Em geral, essas embarcações exclusivas são vendidas para empresários e celebridades.
O iate é um modelo Ferretti FY 1000 em fibra de vidro, com 30,5 metros de comprimento, 110 toneladas, e quase 400 m² de área, com cinco suítes. Até então, o barco era produzido apenas na Itália.
O início da construção do barco já gerou 100 vagas diretas de emprego em Itajaí, em áreas como laminação, montagem, marcenaria, tapeçaria, engenharia, elétrica e mecânica, e deve movimentar quase três mil trabalhadores de diferentes setores, de fornecedores de materiais e equipamentos a marinas.
Continua depois da publicidade
Praia em SC será alargada e terá nova onda de valorização imobiliária
O incremento de pessoal representa um aumento de 25% no número de trabalhadores no estaleiro, que iniciou a fabricação de iates da marca italiana Ferretti há cerca de dois anos, com modelos entre 50 a 80 pés. Para a construção do megaiate, a empresa aumentou a planta fabril.
— Nos últimos anos o desenvolvimento da indústria náutica brasileira tem assumido grande protagonismo e destaque na geração de empregos e relevante agregação de valor na economia do nosso país. Além de empregar milhares de pessoas direta e indiretamente para o processo de fabricação de seus iates, visto se tratar de uma construção 100% artesanal, ao entregar o produto ao cliente a geração de empregos continua — avalia o CEO do Grupo OKEAN, Roberto Paião.
A característica artesanal do trabalho de construção dos iates de luxo é o que torna o setor um propulsor de empregos. Paião, que é engenheiro e já teve passagem pela indústria automobilística antes de ingressar no meio náutico, faz uma comparação:
— Se comparado com uma indústria automotiva, onde uma linha de fabricação de 1000 carros por mês não utiliza mais de 600 pessoas, devido ao alto índice de automação e robotização, usamos os mesmos 600 funcionário para construção de 40 barcos ano, com competência e salários equivalentes, visto a maestria necessária para construção de produtos taylor made.
Continua depois da publicidade
A cadeia se sustenta, uma vez que, para cada barco acima de 70 pés produzido e entregue, estima-se que sejam gerados cinco novos postos de trabalho permanente.
O Brasil fabrica anualmente mais de quatro mil embarcações de lazer, segundo dados da Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar). Santa Catarina concentra 70% deste volume. Em 2022, o setor náutico obteve um faturamento de R$ 2,5 bilhões, um crescimento de 15% em relação a 2021.
Luxo e ostentação em Balneário Camboriú viram nova obsessão de árabes e europeus
Veja fotos do Iate Ferretti FY 1000











