O Governo de Santa Catarina abriu sondagem de mercado para avaliar a concessão das áreas da Companhia Hidrocaldas, em Santo Amaro da Imperatriz. O empreendimento inclui o histórico Hotel Caldas da Imperatriz, que data do século 19 e hospedou Dom Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina, em 1845. Atualmente, as diárias custam entre R$ 500 e R$ 600.
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O Programa de Parcerias e Investimentos do Estado de Santa Catarina (PPI-SC) abriu agenda para reuniões com investidores e demais interessados na concessão. Um link foi disponibilizado pela equipe da Secretaria de Estado da Fazenda para agendar os encontros, que estão disponíveis até 18 de setembro.
O hotel foi instalado em Santo Amaro da Imperatriz – que, na época, fazia parte do município de São José – para banhos termais. Inicialmente, a ideia era que funcionasse como um hospital. Em 1818, Dom João VI determinou a construção do hospital e criou, assim, a primeira estação termal do Brasil em SC.
Quando Dom Pedro II esteve no local, o hospital – hoje, hotel – estava em construção. Os recursos para a obra vieram do Governo Imperial e das reservas pessoais da imperatriz Teresa Cristina – por isso, o empreendimento foi chamado Caldas da Imperatriz.
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A Companhia Hidrocaldas conta com 40 mil metros quadrados de área, onde fica o hotel, com 22 apartamentos e 11 quartos, e seis banheiras de mármore importado de Portugal na época da construção. As banheiras são as mesmas instaladas no século 19, e permanecem até hoje em atividade. Tambem há um parque aquático desativado com áreas de churrasqueira e estação de tratamento de esgoto.
Uma parte da área é usada como centro de práticas integrativas, utilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de pacientes em um convênio com a prefeitura e o Ministério da Saúde. Há 12 banheiras reservadas para uso público.
Dívida renegociada
Toda a área do empreendimento é atravessada pelo Rio Águas Claras, com três fontes termais que têm vazão capaz de gerar cerca de 670 mil litros de água. Do total, 150 mil litros estariam disponíveis para a concessão à iniciativa privada, junto com um galpão desativado que era utilizado para envase.
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A Companhia Hidrocaldas é uma sociedade de economia mista, mas o Estado é o único acionista. Em 2020, o governo renegociou uma dívida acumulada de R$ 7 milhões, que incluía impostos e processos trabalhistas. O principal credor é a União. A renegociação evitou que o prédio histórico e o terreno fossem levados a leilão.
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