Hoje, mais de mil brasileiros partiram sem direito a despedidas. Caixão lacrado, sem homenagens e sem a presença daqueles a quem amaram. Hoje, mais de mil famílias viram um dos seus virar número na cruel estatística das mortes causadas pela pandemia. Sem possibilidade de um abraço amigo, sem um ombro para chorar.
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O Brasil vive uma tragédia. Um drama sem data para terminar, em que mortos viram dígitos. Em que, país afora, a superlotação dos hospitais e dos serviços funerários já obriga aqueles que sobrevivem a dividir espaço com os corpos que aguardam liberação. A olhar de perto a face fria da morte.
Quanto luto cabe em um país com mais de 200 milhões?
Divididos, polarizados, estamos agora unidos pela fatalidade. Por uma doença que não tem escolhido idade, sexo, nem faz distinção entre quem tinha e quem não tinha planos pela frente. Mas que tem uma predileção pelos mais frágeis.
Nesta terça-feira, é como se o desastre com o voo da Chapecoense tivesse se repetido 16 vezes. Como se o avião caísse, de novo e de novo, numa tragédia sem fim.
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Hoje há mais de mil mães que choram. Pais, filhos, companheiros, netos, amigos. Ao lado da dor, num dia tão triste, o único sentimento possível no Brasil é a compaixão.
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