O ataque que ocorreu em Guarapuava (PR) entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira, em que bandidos fortemente armados sitiaram a cidade e fizeram reféns, guarda semelhanças com assaltos ocorridos em Araçatuba (SP) e Criciúma. Uma delas é o perfil populacional dos municípios que viraram alvo das quadrilhas.
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Guarapuava, que fica na região Centro-Sul do Paraná, tem 183 mil habitantes, segundo o IBGE. Araçatuba tem 199 mil, enquanto Criciúma tem 202 mil. Não são cidades pequenas e com pouco policiamento – perfil dos municípios que costumavam ser vítimas das quadrilhas de roubo a caixa eletrônico, por exemplo.
O delegado Ancelmo Cruz, da Delegacia de Repressão a Roubos e Antissequestro da Deic, explica que a opção dos bandidos por cidades de médio porte ocorre porque as quadrilhas que praticam o “novo cangaço” estão em busca de espaços de guarda de valores, que não existem nas cidades menores.
– Se trata de uma base que só existe em cidades de porte médio, e (os criminosos) precisam de mais tempo para cometer o crime, para alcançar o dinheiro. Acabam sendo quase duas horas de ação. É o mesmo modus operandi – diz o delegado, que coordena as investigações do mega-assalto ocorrido em Criciúma, em novembro de 2020.
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Esse tipo de ação criminosa, que a polícia chama de “domínio de cidade”, tem como características em comum o ataque a bases de valores, o envolvimento de dezenas de bandidos no local, veículos blindados e armamento pesado. Como precisam “ganhar tempo”, os criminosos aterrorizam a população e impedem a atuação das forças de segurança. São ações de extrema violência.
Em Guarapuava, dois policiais militares e um cidadão foram baleados durante a ação dos bandidos, que incendiaram veículos para trancar os acessos à cidade. A polícia Civil de Santa Catarina está auxiliando a polícia do Paraná nas investigações sobre o ataque.
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