Uma edição extra do Diário Oficial de Santa Catarina (DOE) trouxe uma lista de exonerações na Fundação Catarinense de Cultura (FCC) na noite de sexta-feira (15) – entre elas, a do presidente do órgão, Rafael Nogueira. O DOE nomeava para o cargo Sergio Ricardo Fraga Costa.
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Pouco tempo depois, o governo emitiu uma nova edição extra do Diário Oficial, tornando “sem efeito” a exoneração de Nogueira e a nomeação do novo presidente. Outras exonerações, no entanto, foram mantidas – e elas incluem toda a diretoria do órgão.
O Governo do Estado informou que a exoneração de Rafael Nogueira ocorreu “por engano”. A troca de nomes teria ocorrido por erro de digitação.
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O fato, no entanto, repercutiu rapidamente entre o setor artístico e cultural em Santa Catarina. Olavista, Rafael Nogueira é integrante da “ala ideológica” do governo Jorginho e indicado pela deputada Ana Campagnolo (PL). A coluna apurou que a substituição de “peças chave” havia sido solicitada pelo próprio Nogueira – o que motivou a exoneração de cargos nas diretorias e gerências.
A avaliação é que a gestão da Fundação não tem avançado em pontos importantes – o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), por exemplo, vai completar um ano fechado por problemas de infraestrutura que exigem uma reforma.
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Outro caso semelhante é o do Museu do Mar, em São Francisco do Sul, que também segue fechado. Em agosto o Governo do Estado autorizou o início das obras no local, a serem contratadas pela FCC – mas, até agora, o projeto não avançou. O museu está interditado desde 2021.
Reprecussão
No início da semana, outra exoneração na FCC já havia repercutido. Nogueira tirou do cargo Ana Ligia Becker, que comandava o setor audiovisual há nove anos na Fundação. Nos bastidores, a classe artística levantou suspeitas de que a exoneração seria uma “punição” à ex-chefe de setor por uma faixa com linguagem neutra instalada no evento Transforma – Festival de Cinema da Diversidade de Sc, que ocorreu no fim de novembro. A FCC não se manifestou.
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