A crise energética que forçou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a lançar a bandeira tarifária mais salgada na semana que passou era conhecida há meses. Desde maio, pelo menos, os índices dos reservatórios e as previsões de chuvas abaixo do normal apontavam para um cenário preocupante, em que o risco de apagões é real.
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São condições que governo nenhum consegue controlar. Diante disso, esperava-se que fosse reconhecido o tamanho do problema e antecipadas as necessárias medidas de mitigação, como as que estão sendo tomadas agora, tardiamente. Ao invés disso, o governo brasileiro lidou com a crise energética da mesma maneira como lidou com a pandemia: enquanto conseguiu, apontou no negacionismo.
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Respostas a crises como a que o país enfrenta são penosas e impopulares. Em 2001, uma situação muito semelhante à de hoje – que não atingiu SC da mesma forma que o restante do país “graças” às deficiências de transmissão do sistema na época – ajudaram a corroer a popularidade do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Bolsonaro não gostaria de repetir o mesmo enredo.
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Esse receio levou o governo atual a evitar a falar em racionamento (ainda não fala) e a demorar demais em apelar, por exemplo, para as termelétricas, que têm energia mais cara e impactam em aumento de bandeira – e consequentemente da inflação. A crise pesará no bolso dos brasileiros e terá impacto severo na recuperação da economia, especialmente porque representa um freio na indústria.
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Raimundo Celeste Ghizoni Teive, professor de Engenharia Elétrica da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), disse que a situação é grave a ponto de termos que torcer para que a economia não cresça demais, porque o sistema não suportaria. Num cenário em que o país precisa recuperar fôlego após as perdas causadas pela pandemia, essa paralisação é preocupante. Se o problema não era evitável, melhor que fosse previsível.
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Observatório
Ao colocar no ar o site do Observatório da Violência Contra a Mulher de Santa Catarina, a Alesc passa a ser o primeiro Legislativo Estadual do país a hospedar essa importante ferramenta de informação e transparência quanto às políticas públicas para as mulheres que são vítimas de agressões. O interessante do site é reunir, num só espaço, serviços e dados que ajudarão no combate a um tipo de crime que desafia as autoridades por exigir um trabalho preventivo, multidisciplinar e especializado.
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Emprego
O resultado do Caged em julho mostrou uma forte aceleração no ritmo de geração de empregos em Santa Catarina, que contrasta com os números do país. Somente neste ano, foram criadas quase 140 mil vagas de trabalho formais no Estado. Se o ritmo for mantido, SC pode fechar 2021 com o melhor resultado da história.
Retomada
No Centro Administrativo, os assessores comemoram a retomada e fazem as contas: SC gerou 259.352 postos de trabalho formais de janeiro de 2019 a julho de 2021, durante o governo Moisés. É mais do que o acumulado nos oito anos de governo Colombo – Pinho Moreira, quando o saldo ficou em 255.455 vagas. Há muitas variáveis que independem de governos nesses números, que estão muito ligados à dinâmica própria da economia do setor privado. Mas a tendência é que eles sejam usados com força em 2022.
Alargamento
Nenhuma outra obra em Santa Catarina repercutiu tanto, nos últimos tempos, quanto o alargamento da faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú. Se, por um lado, expôs o impacto ambiental de uma obra de tamanhas proporções e os questionamentos quanto ao modelo pouco convencional de ocupação do espaço urbano adotado pela cidade, por outro ofereceu uma vitrine nacional que a prefeitura vem ocupando muito bem. Páginas dos principais jornais do país mostraram, nos últimos dias, como a praia mais movimentada da região Sul vai triplicar de tamanho. A tendência é que a exposição reflita em aumento do turismo – e, se a obra funcionar, em ganho político para o prefeito Fabrício Oliveira.
Curtas
– A rifa da Fazendinha, em Nova Veneza, salvou SC da vergonha que o Estado vinha passando no noticiário ao longo dos últimos dias.
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– É preocupante a informação de que o governo federal reduziu em 85% a verba para vacinas em 2022. A pandemia não dá sinais de arrefecimento.
– O MPSC está de olho em apoio e incitação de policiais e bombeiros catarinenses a manifestações antidemocráticas. Desvios serão punidos.
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