A comunicação do governo Lula (PT) cometeu um erro ao “fazer graça” com a ofensiva da Polícia Federal sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para quem não viu, as redes sociais oficiais publicaram, ainda na quarta-feira (3), um lembrete de que os viajantes precisam estar com as vacinas em dia para certos destinos internacionais – um claro “cutucão” no bolsonarismo.
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Ao provocar Bolsonaro, o governo perdeu a oportunidade de ressaltar que o trabalho da Polícia Federal, que incluiu o mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente, levou em conta critérios técnicos, não políticos. De certa forma, deu um ar politiqueiro ao trabalho de investigação. Fez um desserviço ao órgão.
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Que os CPFs do PT comemorem uma operação contra seu principal rival político, é do jogo. Que o governo o faça, soa a provocação desnecessária.
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O presidente Lula prometeu, a se eleger, um governo de aliança, de reconstrução. Cada vez que o governo decide responder com gracinhas à oposição, rebaixa o nível do debate público. Pior ainda se o faz por meio dos órgãos oficiais de comunicação. Nos últimos anos, fez falta ao país a institucionalidade. O Brasil precisa voltar a se levar a sério.
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