A última rodada de negociação salarial dos policiais e bombeiros militares terminou com uma nova oferta do Governo de Santa Catarina. O Estado subiu de 12% para 17,5%, em média, a proposta de reposição. A ideia é pagar o reajuste em quatro etapas – uma em 2020, outra em 2021 e duas em 2022.
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De acordo com a Associação dos Praças de SC (Aprasc), o governo também propõe a incorporação da Indenização por Regime de Serviço Público Ativo (Iresa) a partir de março, reestruturar a carreira dos militares e se comprometeu em não alterar a alíquota previdenciária federal – o que atende demandas da categoria.
A oferta do Estado agora segue para assembleia da Aprasc, marcada para a próxima quinta-feira (27). A reunião ocorrerá no Centrosul, em Florianópolis.
Abaixo do pedido
Embora a categoria tenha aprovado preliminarmente entrar operação-padrão se a proposta do governo for recusada, a Aprasc informou que se impasse permanecer vai levar uma contraproposta ao governo – o que demonstra disposição para manter as tratativas. Mas a medida, também conhecida como operação-tartaruga, não está descartada.
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A proposta do Governo do Estado está abaixo do pretendido pelos praças, que pedem reajuste de 40%. Isso elevaria o piso salarial, de pouco mais de R$ 4 mil, para R$ 6 mil.
— A proposta está bem abaixo do que gostaríamos. A diretoria não aceita. O valor é baixo e o tempo de pagamento é longo. Mas a bola agora está com a categoria. Estaremos ao lado dos aprasquianos seja qual for a decisão — disse o presidente da Aprasc, João Carlos Pawlick.
Pressão em todo o país
Santa Catarina é um dos sete estados no país que enfrentam negociação salarial com os policiais. Os governos passaram a ser pressionados depois que Minas Gerais aceitou elevar os salários em 41%, mesmo sob grave crise econômica. A decisão gerou críticas e a pressão, país afora, resultou em motins como o do Ceará.
Em SC, militares que se opõem ao governador Carlos Moisés (PSL) defendem medidas mais radicais que a operação-padrão, como o aquartelamento. A última vez que isso ocorreu foi em 2008, durante o governo Luiz Henrique da Silveira, e resultou na expulsão de 18 policiais. Eles foram anistiados e autorizados a retomar o cargo três anos depois. Greves de policiais e bombeiros são inconstitucionais.
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