Eleito em meio à “onda 17”, o governador Carlos Moisés não fez uma campanha clássica. Obteve votação recorde sem ter pisado na maioria das cidades de SC. Levado ao cargo, entendeu que poderia fazer uma gestão de gabinete. Não funcionou, como disse na semana que passou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia, em entrevista à CBN Diário.

Continua depois da publicidade

Acuado por pedidos de impeachment, uma CPI em andamento e uma investigação criminal que envolve ex-membros do governo, Moisés passou a ouvir conselhos de gente mais experiente na política e decidiu se reinventar. A versão 2.0 do governador de SC tem apostado na velha estratégia de proximidade física.

Conhecido pela reclusão, Moisés anunciou que visitaria esta semana a Penitenciária de São Pedro de Alcântara para inaugurar obras. A visita oficial foi desmarcada de última hora, mas cogitar a presença do governador num evento como esse é, no mínimo, novidade.

Nos últimos dias, o “novo Moisés” foi a Joinville para conversar com o empresariado, fez inspeção nas obras da SC-467, em Jaborá, no Meio-Oeste, inaugurou leitos de UTI em Chapecó e anunciou in loco a restauração da SC-150. Um tour com cara de campanha para reeleição.

Havia, desde o início do governo, cobranças para que Moisés aparecesse mais. Mas o perigo de “errar a mão” é grande, no momento em que SC enfrenta a pandemia. O roadshow do governador dá a sensação de que vivemos dias quase normais. Estamos longe disso. A situação é bem melhor que o restante do país, mas o número de casos e de mortes sobe sem parar, e a recomendação do próprio governo é de isolamento social.

Continua depois da publicidade

SC tem desafios a enfrentar, e o governo tem questões a serem respondidas, em relação às compras emergenciais. Moisés faria bem em arrumar a casa e cuidar da pandemia. A campanha pode esperar.

Participe do meu canal do Telegram e receba tudo o que sai aqui no blog. É só procurar por Dagmara Spautz – NSC Total ou acessar o link: https://t.me/dagmaraspautz