A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann, confirmou pelas redes sociais que o partido vai recorrer da cassação da vereadora Maria Tereza Capra, que perdeu o cargo na madrugada deste sábado (4), em uma sessão extraordinária. A vereadora foi alvo de processo na Comissão de Ética por ter denunciado o suposto “gesto nazista” durante protesto contra o resultado das eleições, em novembro.

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“Nossa companheira Maria Tereza Capra, vereadora de São Miguel do Oeste (SC), sofre perseguição política e foi cassada por questionar saudação nazista feita por bolsonaristas. Ameaçada, ela teve que deixar a cidade. PT vai recorrer desse absurdo. Todo nosso apoio, Maria”, escreveu a deputada.

Vereadora que denunciou suposto “gesto nazista” é cassada em São Miguel do Oeste

Ameaçada por bolsonaristas, vereadora de SC enfrenta processo de cassação escoltada

A defesa de Maria Tereza Capra chegou a tentar anular a sessão extraordinária de cassação na Justiça. Não conseguiu em primeira instância, e levou o pedido ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que não havia se manifestado até a sessão.

Gaeco diz que não houve “saudação nazista” em protesto no Oeste de SC

O presidente estadual do PT, Décio Lima, classificou mais cedo a cassação como perseguição política e de gênero. Entre os vereadores que julgaram o processo de cassação de Maria Tereza, dois são investigados por participação em atos antidemocráticos – Valnir Scharnoski (PL) e Vanirto Conrad (PDT) foram incluídos pela Polícia Civil no relatório de líderes e participantes dos bloqueios ilegais de rodovias em novembro.

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