A força da correnteza soltou na manhã desta quinta-feira (5) as amarras do navio Kiwi Arrow, de bandeira panamenha, que está atracado no Porto de Itajaí. A embarcação foi “segurada” por rebocadores até que os cabos fossem reajustados. A última avaliação da correnteza no Rio Itajaí-Açú apontou velocidade entre quatro e cinco nós – quase 10 quilômetros por hora. São pelo menos cinco vezes mais do que a velocidade em que ocorrem regularmente as manobras no canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes.
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Imagens feitas pelo trabalhador portuário Edson Francisco da Silva gravaram o estouro dos cabos. Primeiro foram os de popa, a parte de trás do navio. Em seguida, os de proa – a parte da frente. O propulsor de proa foi acionado para controlar o navio até a chegada dos rebocadores.
Vídeo mostra momento em que cabos de navio arrebentam
O Kiwi Arrow está atracado no berço 4, cais localizado na curva do Itajaí-Açu. Essa característica faz com que a correnteza, ali, seja especialmente rápida. Caso se soltasse, a embarcação poderia atingir outros navios, o cais, ou mesmo o berço da Portonave, na outra margem.
Ainda pela manhã, foram feitos testes para agilizar a operação do navio, que está carregado com sacos de sulfato de manganês importados da China. Trata-se de um importante insumo agrícola, que teve a circulação mundial afetada pela Guerra na Ucrânia. Mas a tendência é que o descarregamento seja adiado.
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Diante da perspectiva de que a correnteza siga forte pelas próximas horas, com a água descendo do Alto Vale do Itajaí, a Praticagem avalia a possibilidade de movimentar emergencialmente o navio. Ele ficaria fundeado em alto-mar, junto com outras embarcações que aguardam melhora das condições de navegação para entrar nos portos.
Ex-vereador em Itajaí, o portuário Robison Coelho lembrou que a situação do navio Kiwi Arrow lembrou a de 2008, quando a correnteza arrebentou os cabos de um navio que, à deriva, deu início a uma série de graves prejuízos ao setor. Dos quatro berços de atracação, três foram carregados pela água do Rio Itajaí-Açu. O porto passou por um longo período de reconstrução e readequação do cais.
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