A consultora de bem-estar Débora Stoeberl acompanhou de perto a tensão de dois trabalhadores que atuavam na reforma de um arranha-céu na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, e ficaram presos num andaime durante o temporal que atingiu o Estado na terça-feira. São dela as imagens que repercutiram em todo o país, e que mostram os momentos de desespero dos dois homens. Em entrevista à NSC TV, nesta quarta, ela disse que rezou enquanto gravava o vídeo.

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– A gente fala e se arrepia, porque é horrível a situação de não poder ajudar.

Débora estava em outro edifício, distante de onde ocorreu o incidente. Ela explica que o andaime, que também é conhecido como jaú, estava na lateral do prédio, onde os dois homens estavam trabalhando – mas, com a força dos ventos, acabou indo parar na frente.

– Ele veio até na frente, deu uma volta. Estourou o cabo, deu faísca, aí ficou mais assustador ainda. Bateu com tudo na parede.

Ela registrou o momento em que os trabalhadores conseguem quebrar uma janela e entrar num apartamento.

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Os homens que enfrentaram o vento nas alturas não foram localizados nesta quarta-feira. Testemunhas disseram que a reforma ainda não foi retomada. A empresa responsável pela obra não foi localizada por telefone.

No início da tarde, a prefeitura de Balneário Camboriú emitiu uma nota, recomendando a adoção urgente de medidas de segurança por todo o setor de construção civil na cidade, devido às novas rajadas de vento que foram registradas.

O comunicado recomendou o reforço de amarração das telas de proteção, ou a retirada delas, para que não se soltassem – medida vista como controversa, já que expõe à queda de materiais da obra. A nota também pediu a interrupção de atividades em altura.

O Sinduscon, Sindicato das Indústrias da Construção Civil, também se manifestou por meio de nota, em que afirma que a entidade não é fiscalizadora, mas orientadora da categoria. “Importante salientar que as empresas têm seus procedimentos regidos e fiscalizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Todas elas, associadas ou não ao Sinduscon, têm conhecimento das suas responsabilidades e, por isso, trabalham constantemente na aplicação de mecanismos e técnicas que reduzam ao máximo o risco de acidentes. E cientes de seu compromisso, as empresas têm pleno conhecimento de que se causarem danos a terceiros poderão ser responsabilizadas”.

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