Se a fala do presidente Jair Bolsonaro (PSL) se confirmar, e as lombadas eletrônicas forem proibidas nas estradas brasileiras, 30 equipamentos terão que ser removidos no trecho de concessão da BR-101, que corta o Litoral Norte. São seis lombadas eletrônicas sobre as pistas da rodovia, que têm limites de 80 km/h e 60 km/h, e outras 24 nas marginais, com limites que variam entre 60 km/h e 40 km/h.

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A Arteris/Litoral Sul, concessionária que administra o trecho, informou que a instalação dos equipamentos estava prevista em contrato. A definição sobre os locais onde as lombadas eletrônicas seriam colocadas foi feita em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram levadas em conta estatísticas de acidentes e os locais onde os motoristas costumam abusar da velocidade.

Especialmente nas marginais, as lombadas estão em trechos onde há alto fluxo de pedestres, como forma de reduzir o risco de atropelamentos. As rodovias federais de SC estão entre as mais violentas do país, segundo estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Trechos da BR-101 em São José e Penha estão entre os 20 com mais mortes no país. O excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes.

Multas

A Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) emitiu nota na sexta-feira em que explica que as empresas não arrecadam multas, e defenderam que a fiscalização eletrônica reduz acidentes. As multas são responsabilidade da PRF.

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Capital

Embora os redutores eletrônicos sejam considerados uma ferramenta importante para controle de velocidade, a PRF já estudava, há meses, retirá-las da entrada de Florianópolis para reduzir as filas. O primeiro a sair será o do km 202, em Palhoça, no dia 15 de março (próxima sexta-feira). Se o fluxo melhorar, as lombadas que estão no km 205 também podem ser retiradas. No lugar, devem entrar mais radares para manutenção de velocidade constante _ um a cada 3 quilômetros.