Duas pessoas foram presas pela Polícia Federal em Balneário Camboriú, nesta quinta-feira (27), em uma operação nacional contra uma organização criminosa que se dedica a lavar dinheiro e ocultar bens obtidos com o tráfico internacional de drogas. O grupo está ligado a Jarvis Pavão, que está preso na Penitenciária Federal de Brasília desde o ano passado. Ele é apontado como integrante de uma facção criminosa, e chefe do tráfico na fronteira com o Paraguai.
Continua depois da publicidade
> Operação da PF que mira quadrilha milionária de tráfico internacional cumpre mandado em SC
Um dos presos em Balneário Camboriú é filho de Jarvis Pavão, e morava em um apartamento de alto padrão na cidade. Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, todos em endereços de luxo em Balneário Camboriú.
A organização criminosa seria formada por familiares do traficante. Além de filhos, foram presos a mulher, a mãe, o padrasto, genros, irmãos e sobrinhos de Pavão. A polícia cumpriu ao todo 21 mandados de prisão e 67 de busca e apreensão, em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Rondônia, e a operação teve apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Receita Federal.
> Operação da PF e Interpol prende ex-policial em ação contra o tráfico internacional em SC
Continua depois da publicidade
A Operação Pavo Real é resultado de uma investigação que começou em fevereiro de 2019, pela Polícia Federal em Rondônia. Agentes Federais de Execução Penal apreenderam na cela de Pavão, na Penitenciária de Porto Velho (RO), bilhetes redigidos por ele, que continham anotações de diversos imóveis identificados apenas por siglas e codinomes, no Brasil e no exterior.

Em junho do ano passado, a primeira fase da operação cumpriu mandados de busca em imóveis de alto padrão, alugados pelos familiares do traficante na cidade de Porto Velho, para ficarem próximos ao local onde ele estava preso. No local, foi apreendida uma arma, munições, documentos e equipamentos eletrônicos que reforçaram as suspeitas sobre o esquema de lavagem de dinheiro.
Mais de R$ 300 milhões foram bloqueados pela Justiça Federal, das contas de 96 investigados. E 22 empresas, que eram usadas para movimentar valores adquiridos com o tráfico, tiveram as atividades suspensas.
> Santa Catarina é rota de tráfico internacional para a Europa
Só em imóveis, os valores sequestrados com o grupo chegam a R$ 50 milhões. Também foi determinado o sequestro de 17 carros de luxo, somam cerca de R$ 2,3 milhões.
Continua depois da publicidade
Para a Justiça brasileira, o traficante Jarvis Pavão atuava como representante de uma facção criminosa paulista no Paraguai. Ele estava preso no país vizinho desde 2009, e em 2017 foi extraditado para o Brasil. Ficou detido no nos presídios federais de Mossoró (RN), Porto Velho e Brasília, onde permanece preso, condenado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Participe do meu canal do Telegram e receba tudo o que sai aqui no blog. É só procurar por Dagmara Spautz – NSC Total ou acessar o link: https://t.me/dagmaraspautz