O feriadão da Proclamação da República deu uma prévia de como será o próximo verão no trecho Norte da BR-101 em Santa Catarina, marcado pelas filas quilométricas. O problema, que se repete o ano todo, piora consideravelmente durante a temporada, quando o fluxo de turistas se junta à movimentação regular.

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Os principais entraves estão na região de Itajaí e Balneário Camboriú, no trecho que vai de Penha a Itapema, e no Norte do Estado, em Joinville. São regiões que abrigam alguns dos maiores terminais portuários do país, onde o tráfego de caminhões é constante.

No último verão, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atendeu à pressão de prefeitos e deputados e autorizou de forma experimental o uso dos acostamentos como terceira faixa em alguns trechos da rodovia, para avaliar o ganho de fluidez. Desta vez, no entanto, isso não vai ocorrer, como confirmou à coluna o superintendente da PRF em SC, Manoel Bittencourt.

Colapso na BR-101:

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A PRF avalia que só poderia abrir os acostamentos para circulação de veículos com garantias de viabilidade técnica por parte da Arteris Litoral Sul – mas a concessionária nunca emitiu esse documento. O caso foi parar no Ministério Público Federal (MPF), que recomendou que novos testes só fossem feitos com garantia de segurança – o que inlclui obras de adaptação dos acostamentos, de responsabilidade da concessionária.

Sem previsão de adaptação do trecho, a terceira faixa provisória não é uma alternativa. Tampouco há discussão em andamento sobre outros arranjos provisórios para aliviar o fluxo durante o verão. Restringir a circulação dos caminhões, por exemplo, é inviável diante da atividade econômica da região.

Nos últimos meses, avançou em SC a proposta de uma rodovia paralela à BR-101, para desafogar a via principal. Mas essa é uma solução a longo prazo, e o Estado precisa de um paliativo urgente.

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Se nada for feito para melhorar o fluxo, o Estado começará a perder turistas. E este é um impacto forte demais para a economia de SC – hoje, 12,5% do PIB catarinense vem do turismo.

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