Independentemente do resultado final do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, seu já testado “toque de Midas” como cabo eleitoral é a grande aposta da direita em Santa Catarina para as próximas eleições municipais. O PL, comandado pelo governador Jorginho Mello, conta com o “fator Bolsonaro” para turbinar o número de prefeituras no Estado em 2024.
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Jorginho quer que todas as grandes cidades de Santa Catarina tenham candidatos do PL na cabeça de chapa concorrendo à prefeitura. Entram nessa conta municípios como Blumenau, Joinville, Itajaí e Florianópolis – embora, segundo interlocutores, não se descartem as composições no decorrer o processo. Isso pode ocorrer, por exemplo, na Capital.
O entendimento do PL é que, com o bolsonarismo em alta em Santa Catarina, um governador da sigla no comando e a presença do ex-presidente nas campanhas, a conjuntura é inédita e favorável. Para tanto, devem ocorrer novas filiações, que Jorginho tem “segurado” – quer discutir antes as alternativas para cada região com os parlamentares do partido e o cenário em suas bases eleitorais.
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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, adiantou internamente que o PL vai bancar viagens de Bolsonaro pelo país para turbinar as eleições municipais. Esse será, na prática, o primeiro teste do bolsonarismo nas prefeituras. Em 2020, a pandemia tornou o cenário incerto e minou os possíveis efeitos da popularidade do ex-presidente. O eleitor buscou segurança, com um número recorde de reeleições e o triunfo da política tradicional, com pouco espaço para “novidades”.
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Essa é, historicamente, uma característica das eleições municipais: um eleitor mais preocupado com problemas da “vida real” do que questões político-ideológicas. Mas ainda é cedo para apostar que esse comportamento vai se repetir numa eleição que tem uma conjuntura muito diversa, em um estado majoritariamente bolsonarista.
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