A indefinição sobre a ponte sobre o Rio Camboriú na marginal sentido Sul da BR-101, em Balneário Camboriú, pode trazer mais um entrave à já emperrada obra do Centro de Eventos. Ocorre que uma normativa exige aval da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para eventos que possam interferir no trânsito das rodovias federais. E a falta de ligação entre as marginais – ou seja, da ponte – pode tornar inviáveis programações de grande porte, devido ao impacto sobre o fluxo da BR.
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O contrato de concessão da rodovia previu a abertura das marginais, mas não as pontes. Depois de muita discussão, a ponte do sentido Norte, que vai desafogar o trânsito que sai das praias agrestes, está em obras. A previsão de entrega é em outubro do ano que vem.
Já a ponte do sentido Sul, que interfere diretamente na chegada ao empreendimento, para quem parte do Centro de Balneário Camboriú, não tem previsão de sair. O projeto da Arteris Litoral Sul, concessionária da rodovia, segue na etapa de avaliação orçamentária junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) – como não está em contrato, é preciso que o governo avalie de que forma pode compensar a concessionária pelo investimento extra.
É mais uma “pedra no sapato” do governo para fazer o Centro de Eventos de Balneário Camboriú deslanchar. Projetado para ser um dos maiores do Sul do país, com capacidade para absorver algumas das maiores programações disponíveis na agenda nacional – e movimentar o turismo de eventos em SC – o espaço corre o risco de empacar na ponte.
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Normativa
Curiosamente, a normativa que rege a postura da PRF em relação aos eventos que interferem no trânsito das rodovias saiu de SC. O modelo foi implantado primeiramente aqui, na gestão do inspetor Silvinei Vasques, que depois assumiu a coordenação geral de operações da PRF em Brasília e estendeu o regramento para todo o país. As regras têm como objetivo evitar problemas no fluxo das rodovias – o impacto de grandes eventos pode favorecer acidentes, por exemplo.